Record (Portugal)

“Queremos ganhar a prova”

DOLORES AVEIRO FOI VER O BENFICA

- CRÓNICA DE FILIPE PEDRAS

Sem surpresas, o Benfica se-segue emem frente na Taça de Portu-Portugal. Quem sabe de sobreaviso pelo que vira acontecer no dia anterior em Alverca, Bruno Lage não facilitou no onze inicial e, dentro dos jogadores que tinha disponívei­s, não se lançou a opções suscetívei­s de causar espanto. A vitória no terreno do Cova de Piedade começou por vestir-se de algumas dificuldad­es, mas os festejos em momentos cruciais (final da 1ª parte e início da 2ª) foram socos no estômago dos piedenses, que se foram entregando à lei do mais forte. Ao fim e ao cabo, o que estava a ganhar corpo de eventual sofrimento, acabou em... passeio. Foram mais dois os golos celebrados pela águia, mas até poderiam ter sido mais, tal a forma como os da casa se renderam após o referido segundo tiro certeiro da noite. Acima de tudo, a incapacida­de da formação da margem sul para sequer beliscar um Benfica controlado­r nesta referida segunda metade tornou a vitória encarnada tão previsível quanto justa. Tudo, sem sequer ter sido preciso acelerar por aí além, mas sempre com o mérito de Bruno Lage ter logrado passar para a equipa a responsabi­lidade de não esticar o tapete a possíveis deslizes.

Jorge Casquilha lançou várias surpresas no onze inicial, desde logo com a colocação do central Victor Massaia à frente da defesa, guardando as costas de Marakis e do mais criativo (ontem apagado) André Carvalhas. Na frente, ao invés do experiente Edinho, surgiu o chinês Liu Yuhao, que logo aos 10 minutos até desperdiço­u uma grande chance para faturar, cabeceando por cima à boca da baliza – acabou aí a sua dose de veneno e ainda por cima estavafora-de-jogo. O Benfica foi tendo, como esperado, o domínio do jogo. E até esbanjando oportunida­des – assim fizeram Pizzi (14’) e Vinícius (23’), isolados na cara de Tony Batista, sendo que Ferro (42’) também podia ter faturado de cabeça – mas ao fazê-lo foi também dando confiança a um adversário que fez do autocarro só um meio da transporte para o estádio. Afinal, os da casa foram sempre tentando responder, principalm­ente explorando a velocidade de Balogun e Vitinho nas alas. E foi já quando pouco o fazia prever que os encarnados chegaram à vantagem. Grimaldo envolveu-se no ataque para estimular a combinação entre Vinícius e Pizzi, que desta vez não perdoou, apesar de o guardião da casa ainda ter tocado an

tes de ver a bola anichar-se no fundo das redes. Estava feito o mais difícil, mas ainda nada resolvido, pois o Cova da Piedade mostrava dignidade capaz de ainda se lançar a uma ‘gracinha’.

Seriedade e respeito

Apesar de ter mantido sempre as operações sob controlo, o Benfica não tinha ainda a passagem no bolso. Faltava o golo da tranquilid­ade, mas o campeão nacional mostrou seriedade na abordagem ao reatamento e respeito por um adversário que, apesar de ser do segundo escalão, tem as suas armas. Ora, Pizzi acabou com as dúvidas logo aos 49’ e em simultâneo fez uma espécie de KO aos da casa, apesar de ainda haver muito para jogar. Mas não para o Cova da Piedade. Casquilha tentou arriscar e tirou o mais posicional Massaia de campo para fazer recuar Marakis, lançando Diarra para apoiar a construção. Logo a seguir, a troca de pontas-de-lança, face ao eclipse do chinês Liu Yuhao. Nada funcionou e o clube da margem sul nem mais voltou a beliscar a águia, que viu Vinícius reclamar um posto no onze contra o Lyon com dois golos. Pelo meio, ainda deu para dar ritmo a Florentino já a pensar no Lyon.

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