Record (Portugal)

Muralha norueguesa

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Sporting entrou bem na partida a tentar dominar desde o primeiro minuto. A equipa orientada por Silas sentiu-se confortáve­l com bola e na forma como a geria para tentar desequilib­rar a linha defensiva do Rosenborg.

Apesar de mais posse de bola, os leões sentiram dificuldad­es em quebrar a muralha norueguesa por várias razões. A primeira deveu-se à forma como o bloco defensivo do Rosenborg esteve disposto em campo. Bloco médio

BLOCO DEFENSIVO DO RIVAL COMPLICOU A MISSÃO DO SPORTING, QUE JOGOU EM RITMO BAIXO EM ALVALADE

-baixo, com jogadores próximos e a não dar espaços para a bola entrar entrelinha­s. A segunda razão prendeu-se com a estratégia adotada pelo Sporting. Jogo lateral e a procura constante de cruzamento­s para chegar à área adversária, onde os norueguese­s eram mais fortes.

Ritmo baixo, pouca intensidad­e e falta de pressão ofensiva fizeram com que o Sporting quebrasse a sua iniciativa ofensiva e permitisse ao Rosenborg crescer e entrar na partida. Os norueguese­s exploraram as transições rápidas para criarem situações de perigo e estiveram perto do golo, não fosse o último passe a sair demasiado largo. Os leões demoraram a reagir à perda de bola e o avançado do Rosenborg arrastou Mathieu e abriu espaço para Jensen poder finalizar [1].

A equipa portuguesa acusou o lance e alterou a sua forma de jogar. Teve menos paciência na circulação de jogo e demonstrou falta de confiança para ter a iniciativa de jogo. Foi notória a falta de capacidade da equipa para assumir o jogo, fruto do momento complicado que atravessam. Renan procurou sair a jogar curto, Bruno Fernandes também deu indicações nesse sentido mas a linha defensiva estava de costas para a bola ou não ofereceu soluções para saírem de forma curta. O guarda-redes brasileiro esticou na frente e acabou por perder a bola [2].

No segundo tempo o Sporting entrou novamente bem na partida, a procurar controlar todos os momentos do jogo com bola mas sentiu novamente dificuldad­es para entrar dentro do bloco adversário, recorrendo para isso a cruzamento­s sem grande critério. Curiosamen­te o golo surge num desses lances, mas foram várias as vezes em que jogadores leoninos insistiram num jogo mais direto mesmo quando a equipa estava em inferiorid­ade numérica dentro da grande área do Rosenborg [3].

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