VARANDAS ESTEVE EM CINCO REUNIÕES
ANTES DA RUTURA COM JUVE E DIRECTIVO
Presidente manteve a via do diálogo aberta durante 13 meses. Incidentes graves precipitaram corte
A rutura com as claques Juventude Leonina e Directivo Ultras XXI começou a desenhar-se logo após a tomada de posse de Frederico Varandas, em setembro de 2018, mas até ao ponto de não retorno o presidente procurou esgotar todas as vias para uma convivência institucional normalizada. E tanto assim que, segundo Record apurou, durante os primeiros 13 meses de mandato, Varandas participou pessoalmente em cinco reuniões com os grupos organizados de adeptos (GOA). “Ajudem-me a ajudar-vos” foi uma das ideias que o presidente eleito tentou transmitir, repetidamente, nesses encontros, ele que também pertencera a uma claque. O momento, pós-ataque a Alcochete, era ainda de grandes pressões para que o corte com os GOA, nomeadamente com a Juve Leo, fosse imediato e pela raiz, mas Varandas preferiu o corte de regalias, desde logo das chamadas ‘borlas’ ou bilhetes gratuitos. problema, então
Ocomo hoje, nunca foram os GOA em si, mas as lideranças dos mesmos. Um exemplo dessa realidade foi a proposta da direção para que os elementos das claques pudessem adquirir, individualmente, ao clube, uma Gamebox que englobasse tudo, por 120 euros, bastando para tal fazer prova de que eram sócios do Sporting e do respetivo GOA. Esta sugestão foi recusada. As claques preferiram comprar os lugares anuais e serem elas a vendê-los aos seus associados, decidindo o preço.
via do diálogo fechou-se por completo após dois incidentes graves: a tentativa de invasão das garagens de Alvalade e o arremesso de pedras contra o carro do vogal Miguel Afonso. O receio de uma tragédia pior do que Alcochete fez soar os alarmes.
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