JOGO FRAQUINHO SÓ PODIA DAR ZERO
Lenços brancos na bancada anteciparam a saída de Sandro Mendes, consumada horas depois
Quando se joga como ontem fizeram Vitória e Marítimo, no Bonfim, dificilmente o resultado poderá ser outro que não o nulo registado após 90 minutos de fraca qualidade. O primeiro tempo foi um deserto de ideias de parte a parte. Como após o intervalo as coisas não podiam piorar, o público lá assistiu pontualmente a momentos de emoção junto de uma e outra baliza. No final, os madeirenses, que chegaram a Setúbal ainda a lamber as feridas da eliminação precoce da Taça de Portugal [diante do Beira-Mar, do Campeonato de Portugal], saíram mais satisfeitos com o ponto conquistado, que lhes permite continuar à frente dos setubalenses na tabela. Já os anfitriões, que em sete das oito jornadas realizadas terminaram sem golos marcados, sentiram a insatisfação dos adeptos e viram lenços brancos, que antecipavam a saída de Sandro Mendes, consumada horas depois [ver página 44].
Como a primeira parte foi paupérrima – equipas sem velocidade, entrosamento entre sectores e dinamismo –, avancemos rapidamente para o segundo tempo. Neste período, destacaram-se os guardiões Makaridze (defesas enormes a evitar o golo do japonês Daizen Maeda, aos 49 e 54 minutos) e Amir Abedzadeh, que evitou que Hachadi, aos 74, marcasse para o Vitória. Antes do apito fi
ANFITRIÕES, QUE TERMINARAM SETE DOS OITO JOGOS SEM MARCAR GOLOS, SENTIRAM A INSATISFAÇÃO DOS ADEPTOS
nal, Hachadi, que disparou sobre a trave quando podia ter servido Berto. A derradeira ocasião pertenceu ao Marítimo que, aos 88’, viu Correa cabecear sobre o alvo para alívio dos sadinos, que mantêm a tendência de não marcar e não sofrer golos no Bonfim.