Record (Portugal)

ANESTESIA GERAL AO INTERVALO

- CRÓNICA DE PEDRO MALACÓ

CRISE EXISTENCIA­L DO GALO TRAVOU O JOGO

Minhotos só tiveram fôlego na etapa inicial e a falta de iniciativa bloqueou por completo os algarvios

PORTIMONEN­SE ÁGIL NAS TRANSIÇÕES, MAS QUANDO EM POSSE NUNCA ABDICOU DO CONFORTO DA SEGURANÇA

Em Barcelos só houve jogo enquanto o galo teve fôlego para provocar a estratégia do Portimonen­se, porque a surpreende­nte crise de nervos que se apoderou dos gilistas durante o intervalo atirou a etapa complement­ar para um desesperan­te marasmo. Gritante falta de ideias e dinâmica, também porque os algarvios nunca conseguira­m enquadrar-se com a vantagem de tanta posse de bola para almejar algo mais do que o empate. Ponto de equilíbrio mais do que ajustado à escassa produção das duas equipas, mas essencialm­ente pela nulidade de ocasiões que a etapa complement­ar proporcion­ou. A formação minhota até foi ágil a expressar a iniciativa da partida, desde o apito inicial, perante um Portimonen­se sustentado numa estratégia de três centrais, mas com a linha defensiva a ser constantem­ente reforçada pelo apoio que Hackman e

Fernando Medeiros emprestara­m aos corredores. Atitude de expectativ­a, na ideia de aproveitar a pressão gilista e colher dividendos nas transições, que acabou por ser suficiente para incomodar o guardião Denis por um par de ocasiões até o estratega Tabata encontrar uma linha de passe ideal para isolar Aylton Boa Morte no lance do primeiro golo.

Golpe anímico quase em cima do intervalo, mas sem reflexos porque a validação do tento levou o árbitro Gustavo Correia a deixar a partida suspensa por mais de três minutos, até o VAR se pronunciar. Tempo suficiente para o último sopro gilista ainda levar Possignolo a cometer um pecado capital sobre Baraye. Penálti que Sandro Lima não desperdiço­u.

 ??  ?? ATITUDE. Muito empenho e pouca arte na partida de Barcelos
ATITUDE. Muito empenho e pouca arte na partida de Barcelos

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal