ANESTESIA GERAL AO INTERVALO
CRISE EXISTENCIAL DO GALO TRAVOU O JOGO
Minhotos só tiveram fôlego na etapa inicial e a falta de iniciativa bloqueou por completo os algarvios
PORTIMONENSE ÁGIL NAS TRANSIÇÕES, MAS QUANDO EM POSSE NUNCA ABDICOU DO CONFORTO DA SEGURANÇA
Em Barcelos só houve jogo enquanto o galo teve fôlego para provocar a estratégia do Portimonense, porque a surpreendente crise de nervos que se apoderou dos gilistas durante o intervalo atirou a etapa complementar para um desesperante marasmo. Gritante falta de ideias e dinâmica, também porque os algarvios nunca conseguiram enquadrar-se com a vantagem de tanta posse de bola para almejar algo mais do que o empate. Ponto de equilíbrio mais do que ajustado à escassa produção das duas equipas, mas essencialmente pela nulidade de ocasiões que a etapa complementar proporcionou. A formação minhota até foi ágil a expressar a iniciativa da partida, desde o apito inicial, perante um Portimonense sustentado numa estratégia de três centrais, mas com a linha defensiva a ser constantemente reforçada pelo apoio que Hackman e
Fernando Medeiros emprestaram aos corredores. Atitude de expectativa, na ideia de aproveitar a pressão gilista e colher dividendos nas transições, que acabou por ser suficiente para incomodar o guardião Denis por um par de ocasiões até o estratega Tabata encontrar uma linha de passe ideal para isolar Aylton Boa Morte no lance do primeiro golo.
Golpe anímico quase em cima do intervalo, mas sem reflexos porque a validação do tento levou o árbitro Gustavo Correia a deixar a partida suspensa por mais de três minutos, até o VAR se pronunciar. Tempo suficiente para o último sopro gilista ainda levar Possignolo a cometer um pecado capital sobre Baraye. Penálti que Sandro Lima não desperdiçou.