Record (Portugal)

PODE SER TITULAR DIANTE DO PORTIMONEN­SE

Na era Bruno Lage, não foi só a média de golos a baixar. A de remates também desceu

- ALEXANDRE MOITA

À passagem da 8ª jornada do campeonato, o Benfica surge como a segunda equipa mais concretiza­dora com 17 golos, só atrás do FC Porto (19). No entanto, os números demonstram que, na era Bruno Lage, os encarnados estão menos letais esta época. Não foi só a média de golos que baixou – 3,8 nos 19 jogos em 2018/19, contra 2,1 nas oito rondas desta temporada –, mas também o número de remates, sejam eles ou não enquadrado­s com a baliza do adversário. Os dados fornecidos pela Opta são elucidativ­os quanto às diferenças para a primeira época de Lage, que terminou com a conquista do título e, no global, traduzem uma maior dificuldad­e da equipa no último terço ofensivo. Em 2019/20, a equipa encarnada baixou quase todos os índices de finalizaçã­o, excetuando a média de remates fora da área: 4,5 em 2018/19 contra 5,6 nas primeiras oito jornadas. De resto, os números ajudam a sustentar um início de época de menor fulgor, sobretudo ao nível de exibições. O painel ouvido pelo nosso jornal, composto por Manuel José, João Alves e Álvaro Magalhães é perentório: existem vários fatores a contribuir, mas o facto de Bruno Lage ainda não ter encontrado uma equipa base acaba por ser o mais

PAINEL OUVIDO ENTENDE QUE AS ALTERAÇÕES PROMOVIDAS E O FACTO DE NÃO HAVER UMA EQUIPA BASE AFETAM

decisivo. “Nesta altura, a equipa ainda está em construção”, considera o Luvas Pretas. Já Manuel José não tem dúvidas. “Os jogadores do Benfica, quando olham para o lado, veem um colega diferente”, sustenta o antigo treinador. O dado mais contundent­e está relacionad­o com os remates dentro da área: a equipa de Lage baixou de 12,3 em 2018/19 para 8,6 esta temporada. A pontaria também piorou, uma vez que as águias contabiliz­am uma média de disparos bloqueados ainda mais elevados. Agora, a média cifra-se em quatro por jogo, em contraste com os 3,6 registados no primeiro ano do setubalens­e à frente do Benfica. Em contra-ataque, também houve um decréscimo, o que pode indiciar um menor índice de aproveitam­ento de situações de transição ofensiva.

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