Arbitragens discretas
Nesta jornada vivemos um domingo à antiga. Os ditos três grandes jogaram todos nesse dia. Não consigo assumir preferência por este modelo ou pela jornada espalhada por quatro dias. Percebo a necessidade de capitalizar as transmissões televisivas, mas sinto saudade dos domingos de futebol. A consequência de ter tantos jogos no mesmo dia é que, pelo menos nessa noite e no dia seguinte, o foco dos média está em informar sobre o que se passou nesses jogos e em mostrar os golos. Em oposição, nos dias em que apenas há um jogo, para se segurar espectadores há que explorar esse jogo, escalpelizando-o ao detalhe do pé do jogador que estava dentro de campo no momento do lançamento...
As arbitragens de domingo foram, sobretudo, discretas. Hugo Miguel, Fábio Veríssimo e Artur Soares Dias quase não se fizeram notar. Erraram? Sim, como acontece num jogo de futebol. Erraram mas, felizmente para o jogo, sem consequências óbvias na definição dos vencedores. E acertaram? Acertaram muito. Como sempre acontece. As estatísticas dizem que os árbitros acertam 97% das decisões. Agora que o campeonato voltou, esperemos que os 3% aconteçam em lances de menos importância e que os clubes e adeptos percebam e aceitem que esses 3%, quando ocorrerem, não são obra de uma conspiração contra alguém. São aquilo que são: erros.