Record (Portugal)

ETERNAMENT­E JOVEM

- NUNO POMBO

Driblar a idade! Esta é a tarefa a que se propõe Ronaldo, que cumpre 35 anos a 5 de fevereiro. “O meu objetivo é continuar jovem enquanto for envelhecen­do. Continuar a ser competitiv­o! Digam-me um jogador que se exiba como eu com esta idade e numa equipa como a Juventus? Para durar é preciso ser inteligent­e! Sou um jogador completo e sem pontos fracos. Mesmo sabendo que a perfeição não existe, trabalho para ser o futebolist­a perfeito, para me aproximar ao máximo da perfeição”, diz o craque à ‘France Football’, publicação que promove e entrega a Bola de Ouro. O astro apresenta uma visão especial sobre a modalidade. “Aos 19 ou 20 anos compreendi

Ronaldo quer driblar o envelhecim­ento. “Para se durar é preciso ser inteligent­e”, atira

“SOU UM JOGADOR COMPLETO E SEM PONTOS FRACOS. (...) POR MIM, SÓ JOGAVA PELA SELEÇÃO E NA LIGA DOS CAMPEÕES”, CONTA

que o futebol eram os números, os títulos, os recordes, os golos. Por mim, já só jogava os jogos mais importante­s. Só alinhava pela seleção e na Champions. São esse tipo de jogos que me motivam”, conta CR7.

A mítica barreira dos 700 golos oficiais no escalão sénior já faz parte do passado. Ronaldo mostra-se feliz por a ter superado. “É um total impression­ante. Fico ainda mais orgulhoso por terem sido poucos os jogadores que o conseguira­m alcançar. O meu golo preferido? Foi aquele que marquei à Juventus (ao serviço do Real Madrid, na Champions, em abril de 2018). Uma bicicleta! Foi um golo que ensaiei durante muitos anos. Marquei-o num momento crucial e numa partida importante, diante de uma grande equipa com um guardião excecional (Buffon). Foi a mais de 2,40 metros de altura. Incrível! Foi o melhor golo de bicicleta jamais marcado”, anota o atacante da Juventus, enumerando os atributos necessário­s para se ser um goleador: “Em primeiro lugar, talento! Sem talento não é possível fazer grande coisa. Mas talento sem trabalho de nada vale. Nada cai do céu. Nunca teria chegado aonde cheguei sem vontade de trabalhar. Setenta por cento da minha vida é consagrada ao futebol. Há 15 anos que me sacrifico. Hei de desfrutar dos amigos, da família. Hei de ver os meus filhos crescer e estudar. Desligo-me do futebol! Por ora, não! Tenho muito para dar.”

E a rivalidade com Messi? “Estarmos os dois em Espanha permitiu-nos ser melhores. Quando representa­va o Real, sentia mais a presença dele do que quando estava em Manchester. A pressão era maior. Era uma rivalidade saudável. Mas a minha motivação não depende dos outros jogadores...”, frisa o luso.

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INSACIÁVEL. Cristiano garante que trabalha para ser o futebolist­a perfeito

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