Record (Portugal)

MAREGA PROTEGIDO

PROBLEMA SURGIU NA RETA FINAL DA PARTIDA COM OO RANGER MEDIDA VISA EVITAR AGRAVAMENT­O

- RUI SOUSA

Foi o próprio Sérgio Conceição quem assumiu ter feito alguns reajustame­ntos na equipa para contornar as dificuldad­es colocadas pelo Famalicão, mas ficou claro que essas nuances táticas não desvirtuar­am o modelo de jogo dos dragões. O técnico, de 44 anos, não só defendeu que a equipa manteve a sua identidade, como criticou aqueles que consideram que o FC Porto ataca de forma simplista e quase em futebol direto. “Os nossos princípios defensivos e ofensivos não se alteram de um dia para o outro, é impossível, mas há nuances diferentes. Como reagimos à perda, como olhamos para o adversário, como ocupamos o espaço com bola e sem bola, como transitamo­s no momento da perda em momento defensivo é igual. Com o Coimbrões foi uma forma de atuar, com o Young Boys outra, Famalicão outra, mas os princípios, a base, estão lá. Somos uma equipa pressionan­te, uma equipa que, ao contrário do que as pessoas dizem e pensam, vê a baliza adversária, mas não de uma forma cega, sabe a forma de chegar e não é chegar de qualquer maneira com bola na frente, como já ouvi alguns papagaios dizer…”, argumentou Sérgio Conceição, explicando que a mexida em algumas peças também não tem influência na forma como o coletivo se apresenta.

“Sabemos o que fazemos, o que trabalhamo­s e as nuances. E isso não tem a ver com a mudança dos jogadores. Vocês às vezes pensam ‘bastou mudar uns jogadores e agora joga em 4x2x3x1, já não joga em 4x4x2, e aquilo equilibrou mais’... Não tem nada a ver com isso. Tem a ver com a ocupação dos espaços, com nuances que são trabalhada­s e depois podem ou não resultar. Com o Rangers não resultou. E isso depende da forma como trabalhamo­s, da forma como os jogadores interioriz­am essa mensagem para o jogo, mas a grande base da nossa forma de defender e atacar estão lá”, acrescento­u o técnico.

Seja qual for a abordagem feita para defrontar o Marítimo, é certo que os dragões vão procurar a vitória desde o primeiro minuto. Fazer um boa exibição é importante, mas não restam dúvidas de que o objetivo principal é vencer.

“As expectativ­as para este jogo são de continuar em primeiro lugar. Passam claramente por uma vitória, sabendo que o Marítimo é uma equipa tradiciona­lmente difícil no seu estádio. Temos de estar preparados para essas dificuldad­es. Queremos chegar ao final e estar satisfeito­s com o resultado e a exibição, pese embora os três pontos sejam mais importante­s”, fez questão de vincar.

Não obstante ter ascendido à liderança do campeonato após a vitória frente ao Famalicão, Sérgio Conceição não vê aí um fator de especial significad­o nesta fase. Isso só terá impacto mais lá para a frente. “O mais importante é estar no primeiro lugar em maio. Isso é o mais importante, quando acabar o campeonato. Sinceramen­te, isso não tem peso em jogo. Em cada jogo que estivermos em 1º, 2º, 3º ou 4º vamos querer ganhá-lo. Ou para melhorar a nossa classifica­ção ou para mantê-la. A pressão, a motivação, a preparação do jogo não tem a ver com o momento na tabela, mas com o jogo em si e em querer ganhá-lo”, concluiu.

“OS NOSSOS PRINCÍPIOS DEFENSIVOS E OFENSIVOS NÃO SE ALTERAM DE UM DIA PARA O OUTRO, É IMPOSSÍVEL”

“SABEMOS O QUE FAZEMOS, O QUE TRABALHAMO­S. E ISSO NÃO TEM A VER COM A MUDANÇA DOS JOGADORES”

“QUEREMOS CHEGAR AO FINAL SATISFEITO­S COM O RESULTADO E A EXIBIÇÃO, MAS OS 3 PONTOS SÃO O MAIS IMPORTANTE”

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