O financiamento da SAD
Sou daqueles que não se resigna a aceitar fatalisticamente a equação da decadência do Sporting, traduzida na rarefação de resultados ao nível do futebol profissional sénior masculino.
Dito isto, haverá que assumir as razões profundas pelas quais, desde o tempo dos Cinco Violinos, o Sporting tem vindo em movimento descendente, uniformemente acelerado.
Não é, no global, por falta de potencial , de estrutura, de dimensão, de qualidade, de iniciativa. Tudo isto tem o Sporting, igual ou melhor do que a concorrência.
A questão, em meu entender, é predominantemente financeira; por outras palavras, há décadas que o clube vive em permanente subfinanciamento, o que tem limitado a sua competitividade desportiva, situação que se tem agravado na última década.
E o cenário começa a assumir contornos de círculo vicioso: o Sporting, por ter menos dinheiro, tem pior equipa; se tem pior equipa, ganha menos; se ganha menos, não acede com tanta frequência à Champions, onde agora se ganha o dinheiro que faz a diferença; e, finalmente, por não evoluírem nos primeiros palcos do futebol, os jogadores do Sporting têm cotação objetivamente inferior, o que significa menos dinheiro, e assim voltamos ao princípio.
E, assim, perfilam-se dois caminhos: caminhar serenamente para o declínio ou reagir, tentando elevar o clube ao patamar onde já esteve. Para isso, é necessário uma solução que permita desatar o nó górdio da carência de capitais próprios.
Aqui chegados, deixem-me
O SPORTING PRECISA DE INVESTIDORES QUE APORTEM FUNDOS E
ser claro, embora eventualmente cândido e politicamente incorreto: o Sporting precisa de encontrar um ou mais investidores, que, respeitando os valores sagrados do clube, aportem os fundos e o rigor de gestão necessários para nos alcandorarmos aos patamares a que temos direito.
Com a conversão prevista de todos os VMOC, o Sporting tem capital para vender.
Para a semana tentarei explanar as minhas ideias a esse respeito.