“A SELEÇÃO SÃO TODOS O PORTUGUESES PELO MUNDO F
Seleção é a pensar apenas no mercado interno ou há mais para além de Portugal?
NPM – Não. Quando olhamos para a Seleção, não podemos olhar só para o mercado interno. A Seleção tem muito para além dos portugueses que vivem em Portugal.
Quem mais?
NPM – Todos os portugueses espalhados pelo Mundo fora, que torcem pela Seleção estejam onde estiverem. Mas também contamina os PALOP. Há muitos, mas muitos nacionais de países de língua portuguesa, que torcem pela Seleção Nacional, como torcem por clubes portugueses. Nomeadamente em competições em que as suas seleções não entram. Quando não estão, por exemplo, num Europeu, torcem por Portugal. A ligação à Seleção vai muito para além do que é o território nacional.
Tem mais a ver com a portugalidade do que com o território.
NPM – Claro que nós fomos fechar um contrato com a Federação, que é uma organização muito profissional, para mim uma das melhores da Europa para não dizer do Mundo, com a cereja em cima do bolo, ou seja, após o Europeu. E isto significa o que significa. Claro que esta negociação foi difícil. Mas nós estamos habituados a ter negociações difíceis. Certamente que levaram em linha de conta a nossa experiência, o nosso conhecimento, a natureza duradoura da nossa relação e também uma coisa que eu tenho de reconhecer na
Federação, para além do espírito profissional e competência: a estabilidade que tem tido a gestão da FPF. Isso tem trazido vantagens para a própria Federação e as marcas que com ela trabalham. Nisso a Federação é um caso de estudo a seguir pela profissionalização e pelo exemplo.
Outro grande parceiro da Sagres no futebol é o Benfica. É possível quantificar qual é o parceiro mais importante da marca? A Seleção, o Benfica ou são complementares?
NPM – São patamares diferentes. A Seleção Nacional é, de facto, aquilo que exprime a presença de todos os portugueses. E tem as suas competições, quer na Europa, quer no Mundo. Todos torcemos pela Seleção Nacional. E nós não patrocinamos só o Benfica, patrocinamos 13 clubes.
Era a próxima pergunta…
NPM – Avanço que são oito da 1ª Liga e mais cinco clubes, ou porque passaram à 2ª Liga e ainda têm contratos em vigor, ou por ligações muito próprias às comunidades em que estamos inseridos, como acontece por exemplo aqui, em Vialonga. Temos e devemos apoiar quem nos rodeia e quem nos acolhe aqui tão bem. É uma forma de devolver e apoiar, no fundo, de dar um retorno à comunidade. Nós apoiamos clubes como o Sp. Braga, o V. Guimarães, o Rio Ave, o Tondela, o Benfica, o Belenenses, o Portimonense e o Santa Clara. São os clubes que nós apoiamos.
Aqui também o Benfica num patamar diferente…
NPM – Claro que quando apoiamos o Benfica, temos em linha de conta que se trata do clube
que pensa do regresso da cerveja aos estádios?
NPM – Não é um assunto que esteja na nossa agenda. E não foi trazido à praça pública por nós. Mas estamos atentos. Lemos nos jornais e percebemos o que é dito. O que também vemos é que em muitos eventos internacionais, mundiais e europeus, a cerveja é vendida dentro dos estádios. Tanto no futebol como no râguebi e noutros. Há argumentos pró e argumentos contra. Mas, de facto, nós agora temos produtos que podem ser consumidos em todas as ocasiões. Que são os 0.0. É mais uma variante. de futebol com mais adeptos em Portugal. Pelo menos, é o que dizem as estatísticas. E depois também é apoiado pelos portugueses lá fora, com uma rede extraordinária de Casas do Benfica, que são locais importantes de convívio e celebração, e também por isso de consumo, como as Casas do Benfica em Portugal. Como também nos PALOP. Por isso quando apoiamos o Benfica ou o Sp. Braga, temos em atenção quem é que eles representam, quais são as suas manchas de penetração. Porque a nossa ligação ao futebol tem muito a ver com os fãs, os adeptos, aos apoiantes dos clubes.
Há várias maneiras de chegarem aos adeptos…
NPM – Sim, nós estamos muito ligados ao futebol. E uma das contrapartidas, por exemplo, são as questões da bilhética. Formas de poder levar pessoas aos estádios, em ações cruzadas, com o nosso posicionamento de mercado, com produto, mas essencialmente levando mais pessoas aos estádios. Ou seja, tudo tem a sua perspetiva. Benfica é importante, sim, mas o Sp. Braga também é importante. Como todos os outros, para a nossa presença estratégica em termos de exploração de mercado.
Este apoio ao Benfica e à Seleção Nacional e esta complementaridade acontece porque a Sagres não apoia os outros dois grandes portugueses?
NPM – Só há complementaridade porque a Sagres é a marca mais ligada ao futebol. Todos os clubes o dizem. E tem vindo a crescer. Aliás, o último estudo da Scope dá, por exemplo, em termos de notoriedade das marcas nos consumidores de cerveja, no segundo trimestre deste ano, que estamos com 41 por cento em termos de ‘top of mind’. Quando no ano passado estávamos com 38%. Continuamos a subir. Porquê? Por causa dessa ligação. Nós somos a marca mais ligada ao futebol. Há complementaridade no apoio a Seleção e clubes, mas obviamente que quando apoiamos