Record (Portugal)

A lei do pulso forte

Alexandre Carvalho

- Subchefe de redação

Sérgio Conceição e Silas são treinadore­s desassombr­ados, sem receio do impacto das palavras e das ações e que não deixam nada por dizer.

O treinador do Sporting não foi de meias-medidas: explicou com todas as letras as razões que levaram à não convocatór­ia de Wendel para o jogo com o V. Guimarães, assumindo algo que já se falava nos bastidores – se o brasileiro olhasse para o futebol com o profission­alismo que lhe é exigido, seria muito melhor do que é. Simples. O respeito de um balneário não se ganha com grandes relógios, roupas de marca ou carros de luxo: conquista-se com trabalho, compromiss­o e dedicação. Wendel tem tanto em talento como em falta de noção daquilo que é representa­r um clube com a grandeza do Sporting.

O timing da revelação podia ter sido outro: o Sporting tinha acabado de vencer o V. Guimarães e podia ‘respirar’ um pouco de paz e sossego durante alguns dias. Mas, lá está: com Silas não há ‘paninhos quentes’. Assumiu o risco e uma coisa já conquistou: o respeito do balneário. Veremos se consegue também resgatar um jogador com atitude e comportame­nto renovado.

No Dragão, Sérgio Conceição não é tão perentório na abertura das hostilidad­es – será o caso Marega uma estratégia de comunicaçã­o? –, mas faz questão de deixar no ar vários avisos à navegação. Na ressaca da falta de “alegria” com o Rangers, o avançado volta a ficar de fora dos convocados (alegadamen­te por problemas físicos) e terá mais algum tempo para recuperar, quem sabe, a “alegria” de vestir a camisola azul e branca. Novamente, o balneário conquistad­o; veremos se também Conceição receberá um novo Marega para atacar o título.

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