Record (Portugal)

SOBROU A FAMA PARA A VITÓRIA

- CRÓNICA DE ANTÓNIO MENDES

Quarto jogo em casa e quarto triunfo, agora cheio de pragmatism­o e perante um Gil que ainda ameaçou

antigo líder que já deixou de ser surpresa voltou a sorrir perante os seus adeptos. Uma vitória com felicidade pelo meio e muito pragmatism­o, com a equipa de João Pedro Sousa ainda a viver da fama que granjeou desde o início da época e perante um Gil Vicente que chegou a equilibrar as operações em grande parte do jogo, ameaçando até o empate mesmo em cima do apito final quando Henrique Gomes rematou por cima.

Certo é que ao quarto jogo em casa, o Famalicão somou a quarta vitória e ficou com os mesmos pontos do FC Porto que o tirara do poleiro da Liga no último domingo, impondo aí a única derrota no brilhante campeonato dos famalicens­es.

Ou seja, a equipa que subiu continua a trilhar um caminho de sucesso e para isso tem de ter qualidade nos protagonis­tas e foi isso que acabou por fazer a diferença no confronto de ontem. Basta deixar aqui este exemplo: Sandro Lima surgiu isolado ao minuto 79 e atirou para uma defesa fácil de Vaná; no minuto seguinte, Anderson fez o 2-0 na outra baliza.

Quando uma equipa desperdiça o empate e fica a perder por dois golos de diferença a dez minutos do fim, fica quase tudo dito, mas diga-se que os galos continuara­m a acreditar que podiam levar alguma coisa de Famalicão e acabaram por marcar já no minuto 90, por intermédio de Sandro Lima, naquele que é o primeiro golo dos gilistas fora de casa neste campeonato. De resto, o jogo foi muito mais interessan­te de seguir durante o primeiro tempo, altura em que o Gil Vicente procurou responder ao golo de Toni Martínez, mas há apenas uma grande oportunida­de para registo quando Naidji atirou de cabeça, mas Vaná negou o golo ao argelino com uma defesa tão difícil como eficaz. Isto já em cima do intervalo e sem Vítor Oliveira no banco de suplentes, uma vez que o treinador dos visitante tinha sido expulso pouco antes na sequência dos protestos ao lance em que o mesmo Naidji tinha caído na área perante Alex Centelles.

No outro banco, João Pedro Sousa percebeu depressa que a

ANDERSON VOLTOU A SAIR DO BANCO PARA FATURAR E UM MINUTO DEPOIS DE SANDRO LIMA DESPERDIÇA­R

sua equipa não estava em noite para uma grande exibição, apenas a suficiente para garantir o que era essencial e antes de uma complicada visita a Braga. Na segunda parte, aliás, o Famalicão apenas criou um lance com princípio, meio e bom fim e esse foi, como já se percebeu, o do golo de Anderson, depois de uma tabela inteligent­e com Alex Centelles.

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NO AR. Kraev e Roderick lutam pela bola

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