CAOS NÃO TRAVA FINAL EM SANTIAGO
Governo e Conmebol estão de mãos dadas apesar do clima instável que é vivido no Chile
governo do Chile está irredutível, apesar do clima de ‘guerrilha’ vivido no país. A final da Taça Libertadores entre o Flamengo, de Jorge Jesus, e o River Plate vai mesmo ser jogada em Santiago. “Afirmamos a nossa vontade e o compromisso de realizar a final. O governo deu-nos total apoio. O Ministério do Interior vai estar responsável por tornar este jogo uma festa desportiva que faça bem ao país. O futebol é uma boa chance para ficarmos unidos”, referiu a ministra do Desporto chilena, Cecilia Pérez, em conferência de imprensa. Recorde-se que já mais de 20 pessoas morreram no Chile desde 18 de outubro, na sequência de manifestações violentas contra o governo de Sebastián Pinera, havendo mais de 600 feridos e milhares de cidadãos presos. Nesse sentido, havia a dúvida em relação à viabilidade da realização do encontro na capital daquele país, agendado para 23 de novembro. Pinera até tinha referido na terça-feira que “existe uma realidade nacional que é mais importante que o futebol”.
Mas agora estão desfeitas as dúvidas, e, aparentemente, os
VIOLÊNCIA MARCA ATUALIDADE NO CHILE. FLAMENGO, DE JESUS, E RIVER PLATE ENCONTRAM-SE NO DIA 23 DE NOVEMBRO
responsáveis estão a remar para o mesmo lado. Poucos minutos depois do anúncio, a Conmebol louvou os esforços do Chile. “A Conmebol agradece o compromisso mostrado pelo governo do Chile para garantir as condições de segurança para a celebração da final única da
Libertadores 2019. A final é a celebração do futebol com o povo chileno. Seguimos em frente”, lê-se no Twitter da organização responsável por todo o futebol sul-americano.
Em caso de cancelamento, a Conmebol tinha alguns planos de emergência, que passavam por levar a final para Assunção ou realizar o duelo a duas mãos, jogadas no Rio de Janeiro e em Buenos Aires. Desde que o caos se instalou no país, refira-se, já três jornadas do campeonato chileno foram adiadas.