Record (Portugal)

ÁGUIA GOLEIA E LIDERA ISOLADA

BIS DE VINÍCIUS E GOLOS DE ANDRÉ ALMEIDA E RÚBEN DIAS

- CRÓNICA DE ALEXANDRE CARVALHO

Depois de duas exibições sombrias (Tondela e Lyon), com vitórias que estiveram longe de convencer, ontem o Benfica voltou a apresentar um sorriso de orelha a orelha. A vitória diante do Portimonen­se é tão incontestá­vel como o resultado indica e, mesmo nos piores momentos exibiciona­is da equipa de Bruno Lage, nunca os três pontos estiveram em causa. Aparenteme­nte indiferent­e ao desânimo de um largo número de adeptos encarnados – insatisfei­tos com o claro menor fulgor ofensivo do Benfica nos últimos tempos –, Bruno Lage voltou a mexer na equipa, mantendo-se fiel à rotação do plantel: Jardel, Samaris, Gedson, Chiquinho e Vinícius foram lançados no onze, ocupando as posições deixadas vagas por Ferro, Florentino, Taarabt, Pizzi e Seferovic, titulares no pobre jogo frente ao Tondela.

Afinar posicionam­entos

No entanto, e ao contrário do que o resultado indicia, a supremacia do Benfica não foi assim tão evidente durante largos minutos da 1ª parte. É certo que o relvado não ajuda em nada à nota artística, mas também foi por demais evidente que o Portimonen­se conseguiu surpreende­r o adversário em contra-ataques rápidos e venenosos, possibilit­ados pelas crateras abertas no meio-campo do Benfica. Vlachodimo­s manteve o nulo com uma grande defesa a remate de Anzai (11’) e foi só quando Gabriel e Samaris finalmente afinaram os posicionam­entos defensivos – à passagem dos 15 minutos –, que os encarnados começaram a controlar as operações do jogo. A equipa de Lage soltou-se, partiu para cima dos algarvios e asfixiou o adversário, ora pelas subidas vertiginos­as de Grimaldo e Cervi pela esquerda; ora pela forma cirúrgica como André Almeida conseguiu dar profundida­de às ações ofensivas do corredor direito. Vinícius deu o primeiro aviso aos 16 minutos e foi sem surpresa que, um minuto depois, André Almeida, no seguimento de uma bola parada, abriu o marcador.

Puxão de orelhas

No entanto, o golo fez mal ao Benfica. A equipa adormeceu, permitiu que o Portimonen­se acreditass­e que era possível surpreende­r e Folha não se fez rogado: avançou os extremos, desmontou – ainda que de forma temporária – o sistema de três centrais e correu atrás do resul

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