ÁGUIA GOLEIA E LIDERA ISOLADA
BIS DE VINÍCIUS E GOLOS DE ANDRÉ ALMEIDA E RÚBEN DIAS
Depois de duas exibições sombrias (Tondela e Lyon), com vitórias que estiveram longe de convencer, ontem o Benfica voltou a apresentar um sorriso de orelha a orelha. A vitória diante do Portimonense é tão incontestável como o resultado indica e, mesmo nos piores momentos exibicionais da equipa de Bruno Lage, nunca os três pontos estiveram em causa. Aparentemente indiferente ao desânimo de um largo número de adeptos encarnados – insatisfeitos com o claro menor fulgor ofensivo do Benfica nos últimos tempos –, Bruno Lage voltou a mexer na equipa, mantendo-se fiel à rotação do plantel: Jardel, Samaris, Gedson, Chiquinho e Vinícius foram lançados no onze, ocupando as posições deixadas vagas por Ferro, Florentino, Taarabt, Pizzi e Seferovic, titulares no pobre jogo frente ao Tondela.
Afinar posicionamentos
No entanto, e ao contrário do que o resultado indicia, a supremacia do Benfica não foi assim tão evidente durante largos minutos da 1ª parte. É certo que o relvado não ajuda em nada à nota artística, mas também foi por demais evidente que o Portimonense conseguiu surpreender o adversário em contra-ataques rápidos e venenosos, possibilitados pelas crateras abertas no meio-campo do Benfica. Vlachodimos manteve o nulo com uma grande defesa a remate de Anzai (11’) e foi só quando Gabriel e Samaris finalmente afinaram os posicionamentos defensivos – à passagem dos 15 minutos –, que os encarnados começaram a controlar as operações do jogo. A equipa de Lage soltou-se, partiu para cima dos algarvios e asfixiou o adversário, ora pelas subidas vertiginosas de Grimaldo e Cervi pela esquerda; ora pela forma cirúrgica como André Almeida conseguiu dar profundidade às ações ofensivas do corredor direito. Vinícius deu o primeiro aviso aos 16 minutos e foi sem surpresa que, um minuto depois, André Almeida, no seguimento de uma bola parada, abriu o marcador.
Puxão de orelhas
No entanto, o golo fez mal ao Benfica. A equipa adormeceu, permitiu que o Portimonense acreditasse que era possível surpreender e Folha não se fez rogado: avançou os extremos, desmontou – ainda que de forma temporária – o sistema de três centrais e correu atrás do resul