Record (Portugal)

“A equipa voltou a encontrar-se com os adeptos e vice-versa”

Moreirense 1-1 V. Guimarães

- CRÓNICA DE ANDRÉ GONÇALVES

Um ponto para cada lado e, a julgar pelas declaraçõe­s dos dois treinadore­s, que defrontara­m os antigos clubes, ninguém terá ficado particular­mente incomodado com isso. Mas podemos dizer que é o Vitória quem teve razões para sair do dérbi com maior amargo de boca, porque foi a equipa que criou as melhores oportunida­des para, depois do 1-1, chegar ao golo do triunfo. A qualidade do espetáculo não foi grande coisa, a forte chuva não ajudou e a agressivid­ade que se viu em alguns lances também não – o jogo, diga-se, teve lances controvers­os a nível de arbitragem. Acabou por ser um desafio com algum equilíbrio na 1ª parte, com a equipa de Ivo Vieira a tentar assumir o controlo, mas sem ter total capacidade para o fazer, não só a meio-campo como também no último terço. Começou por obrigar Pasinato a grande defesa (9’), a remate de Bruno

Duarte, mas pouco mais perigo criou até ao intervalo. O Moreirense também tentou construir e, sobretudo, surpreende­r na transição rápida quando explorava o erro do adversário. Luther Singh era a unidade mais irreverent­e, tendo inclusive gerado o melhor lance dos cónegos na etapa inicial (32’), desperdiça­do por Bilel na cara de Douglas. A segunda parte abriu praticamen­te com o penálti que permitiu ao Vitória adiantar-se no marcador. O golo de Tapsoba obrigou o Moreirense a correr atrás do prejuízo e o jogo acabou por ficar algo partido. Aos 55’, Luther Singh voltou a agitar e, no minuto seguinte, Steven Vitória assinou o empate, na sequência de um canto. Estava feito o que o Moreirense mais queria, o empate. Ambos os treinadore­s mexeram no sentido de trazer algo mais ao miolo e à frente de ataque, mas só o Vitória conseguiu ser realmente ameaçador na última meia hora de jogo. Pasinato não deixou que Bruno Duarte rematasse (61’) e André Pereira falhou na decisão quando só tinha o guarda-redes cónego pela frente (82’). O Vitória fica, à condição, a um ponto do Sporting, na antecâmara da receção ao Arsenal. O Moreirense somou o terceiro empate seguido na Liga.

VITÓRIA FOI QUEM CRIOU MAIS PERIGO DEPOIS DO MOREIRENSE TER EMPATADO, PELO QUE SERÁ MAIOR O AMARGO DE BOCA

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IGUALADOS. Nenê e Rochinha chegam à bola ao mesmo tempo

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