“Bruno Lage será sempre referência para mim”
Que papel ocupa o Benfica neste primeiro troço ao serviço do Atlético Madrid?
JF – Ocupa o papel do clube de coração, a quem devo muito do que sou hoje. O Benfica nunca sairá de mim e, já que falamos a longo prazo, a esta distância espero um dia voltar.
Que importância atribuiu à presença de Rui Costa, grande ídolo do clube e hoje administrador da SAD, na coroação como menino de ouro do futebol europeu?
JF – Fiquei muito contente por vê-lo aqui. O Benfica marcou-me para a vida e eu, de uma forma mais modesta, também dei tudo o que tinha na defesa do clube. Se ganhei este prémio foi, principalmente, pelo que fiz de águia ao peito, tenho a perfeita consciência disso. É bom sentir o reconhecimento por parte do clube, que se fez representar com uma figura tão ilustre.
Na festa de entrega do ‘Golden Boy’, Bruno Lage e Pizzi enviaram-lhe mensagens. Já sabia que isso fazia parte do alinhamento da cerimónia ou foi apanhado desprevenido?
JF – Não sabia. Foi uma agradável e emocionante surpresa. Gostei muito das palavras que me dirigiram.
Que papel atribui a Bruno Lage na sua evolução como jogador?
JF – Vai ter sempre um significado muito grande. Bruno Lage será sempre uma referência para mim. Acreditou no meu potencial, apostou em mim sem reservas e manteve a aposta até à afirmação plena. Aprendi muito com ele. Nunca o esquecerei, porque ele foi um dos grandes responsáveis pela expressão daqueles meses incríveis que nos levaram ao título nacional, num processo para o qual partimos com algum atraso.
Tem mantido contacto com ele?
JF – Não é um contacto diário mas falamos de vez em quando por WhatsApp.
Acompanha a carreira do Benfica na presente temporada?
JF – Tanto quanto possível. Sempre que posso vejo os jogos.
“[LAGE] ACREDITOU NO MEU POTENCIAL, APOSTOU EM MIM SEM RESERVAS E MANTEVE A APOSTA ATÉ À AFIRMAÇÃO PLENA”
E que opinião tem sobre o que tem visto?
JF – A equipa está a jogar bem e está a ganhar com autoridade. Adquiriu rotinas e tem-se imposto com regularidade nas mais diversas frentes. Vi os jogos com o Zenit e o Famalicão [ndr: na altura da conversa os confrontos mais recentes] e gostei muito do que vi. Foram vitórias expressivas e reveladoras de uma superioridade indiscutível.
Que lhe pareceu Chiquinho, o seu substituto no onze?
JF – Gostei muito de o ver. De resto, já o conhecia dos tempos em que estava no Moreirense. É um excelente jogador e está a afirmar-se com argumentos cada vez mais consistentes.
O Benfica vai ser campeão nacional?
JF – Espero que sim. Acredito que sim.