Record (Portugal)

“Terão de se agarrar à camisola”

- PEDRO PONTE

Qual a sensação de fazer parte de um Sporting-Benfica?

– Um dérbi é sempre um dérbi! Crescemos a ver estes jogos no masculino e quando foi a nossa vez de participar foi muito intenso. Foi uma luta constante, mas saudável, e sempre com a sensação de estarmos a jogar o eterno dérbi. Foi incrível!

– Curiosamen­te, o primeiro golo num dérbi feminino foi seu...

– Sim! Fiquei muito feliz, mas poderia ter sido outra jogadora.

– Por que motivo é que se costuma dizer que este é um jogo diferente de todos os outros?

– Porque do outro lado está o Benfica! Mas no futebol feminino não temos tão presente essa rivalidade que há no masculino. Mas entramos em campo com tudo porque queremos ganhar. O jogo solidário no Restelo, por exemplo, foi uma lição de fair play. Uma coisa é o que se passa em campo, onde só há uma camisola verde e outra vermelha. Outra é o que se passa fora do campo. Quando o jogo acaba, também acaba a rivalidade. Somos colegas de profissão e temos amigas do outro lado.

– A preparação para um jogo destes é diferente?

– A parte física é igual. O que muda é a parte mental, pois temos de estar muito mais concentrad­as.

– Quem é que poderá decidir este dérbi no masculino?

– A única certeza que tenho é que será preciso jogar em equipa. Os jogadores vão ter de se agarrar à camisola e mostrar que estão a vestir as cores do Sporting.

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