Record (Portugal)

COI AINDA NÃO CEDE E ESPERA MAIS UM MÊS

- DIOGO JESUS E JOSÉ MORGADO

Pressão aumenta e Bach pondera (finalmente) adiamento dos Jogos. Decisão em quatro semanas

Quatro semanas: é esse o novo prazo definido pelo Comité Olímpico Internacio­nal (COI) para decidir se há ou não condições para a realização dos Jogos de Tóquio em 2020. A comissão executiva do COI reuniu-se ontem de urgência por videoconfe­rência e, quando se pensava que a decisão final já estava tomada, a indicação foi de... esperar um pouco mais. “Iniciámos uma intensa avaliação de toda esta situação e nesta altura temos vários cenários em cima da mesa, incluindo o adiamento dos Jogos. Dentro

“INICIÁMOS UMA INTENSA AVALIAÇÃO E TEMOS VÁRIOS CENÁRIOS EM CIMA DA MESA”, INFORMA O ORGANISMO

de quatro semanas estaremos em condições de decidir. O cancelamen­to não está em agenda”, revelou Thomas Bach, presidente do COI, numa carta aberta. Esta nova posição é diferente daquela que tem sido tomada, nomeadamen­te pelas autoridade­s japonesas, que insistem que o evento vai mesmo realizar-se, face à situação do país [ver peça ao lado]. Nesta altura, em cima da mesa já estão vários planos alternativ­os à realização dos Jogos este ano, sendo que o mais provável será adiá-los para 2021, à semelhança daquilo que aconteceu, por exemplo, com o Europeu e a Copa América de futebol.

Vozes contra

Este ‘recuo’ do COI vem na sequência de uma série de pedidos de que o evento seja adiado: a Federação de atletismo da Grã-Bretanha foi a primeira, mas seguiram-se os comités olímpicos de Brasil, Espanha e até... Donald Trump. As entidades lembram que há uma série de eventos de qualificaç­ão suspensos.

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AMEAÇA. Covid-19 continua a condiciona­r os Jogos

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