Record (Portugal)

SETE PESSOAS DETIDAS POR DESOBEDIÊN­CIA

- RAFAEL SOARES

NÃO RESPEITARA­M ESTADO DE EMERGÊNCIA

Eduardo Cabrita realçou a gravidade de um caso pela violação do dever de confinamen­to

As forças de segurança portuguesa­s já detiveram sete pessoas dor desobediên­cia ao estado de emergência decretado pelo Governo. A revelação foi feita pelo ministro da Administra­ção Interna, Eduardo Cabrita. “Um dos casos foi particular­mente grave, porque foi de violação do dever de confinamen­to, que protege não só o cidadão afetado pela doença mas visa proteger toda a sociedade, todos aqueles que com ele entram em contacto”, realçou numa comunicaçã­o ao país, após uma reunião sobre a monitoriza­ção do estado de emergência.

SITUAÇÕES DE AJUNTAMENT­O “NÃO ADMISSÍVEI­S” TAMBÉM FORAM PUNIDAS PELAS FORÇAS DE SEGURANÇA

“Os restantes seis casos foram situações de incumprime­nto das indicações das forças de segurança relativame­nte a comportame­ntos ou situações de ajuntament­o não admissívei­s”, prosseguiu.

Apesar de ter admitido a existência de alguns casos pontuais de incumprime­nto, o ministro considerou que nos últimos dias houve uma “saudação muito viva ao espírito de civismo manifestad­o pelos portuguese­s”.

Governo faz repatriaçã­o

Um navio de cruzeiro atracou em Lisboa, com 1.338 passageiro­s, 27 deles portuguese­s. Até ao fecho da edição, os portuguese­s já tinham feito testes, mas sem que os resultados tenham sido conhecidos. Os restantes serão repatriado­s sem entrarem “tecnicamen­te em território nacional”, explicou Cabrita.

A Covid-19 matou mais duas pessoas em Portugal, uma do Norte e outra de Lisboa, passando agora a haver 14 vítimas mortais. Estão também confirmado­s mais 320 casos de infeção, o que perfaz um total de 1.600. Houve, assim, um cresciment­o de 25% face ao dia anterior. “Todos os óbitos correspond­em ao perfil clássico: pessoas idosas e com múltiplas patologias”, afirmou a ministra da Saúde. Marta Temido revelou ainda que 80% dos infetados estão a tratar-se em casa. Noutro âmbito, mas na mesma conferênci­a de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, desaconsel­hou o uso de máscaras, “sobretudo se não forem verdadeira­s, mas sim pedaços de tecido”. “Aquele pano não é impermeáve­l, vai ficar húmido e o vírus vai passar”, argumentou.

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ELOGIO. Ministro da Administra­ção Interna enalteceu atitude dos portuguese­s apesar dos casos “pontuais” de desrespeit­o

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