SETE PESSOAS DETIDAS POR DESOBEDIÊNCIA
NÃO RESPEITARAM ESTADO DE EMERGÊNCIA
Eduardo Cabrita realçou a gravidade de um caso pela violação do dever de confinamento
As forças de segurança portuguesas já detiveram sete pessoas dor desobediência ao estado de emergência decretado pelo Governo. A revelação foi feita pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. “Um dos casos foi particularmente grave, porque foi de violação do dever de confinamento, que protege não só o cidadão afetado pela doença mas visa proteger toda a sociedade, todos aqueles que com ele entram em contacto”, realçou numa comunicação ao país, após uma reunião sobre a monitorização do estado de emergência.
SITUAÇÕES DE AJUNTAMENTO “NÃO ADMISSÍVEIS” TAMBÉM FORAM PUNIDAS PELAS FORÇAS DE SEGURANÇA
“Os restantes seis casos foram situações de incumprimento das indicações das forças de segurança relativamente a comportamentos ou situações de ajuntamento não admissíveis”, prosseguiu.
Apesar de ter admitido a existência de alguns casos pontuais de incumprimento, o ministro considerou que nos últimos dias houve uma “saudação muito viva ao espírito de civismo manifestado pelos portugueses”.
Governo faz repatriação
Um navio de cruzeiro atracou em Lisboa, com 1.338 passageiros, 27 deles portugueses. Até ao fecho da edição, os portugueses já tinham feito testes, mas sem que os resultados tenham sido conhecidos. Os restantes serão repatriados sem entrarem “tecnicamente em território nacional”, explicou Cabrita.
A Covid-19 matou mais duas pessoas em Portugal, uma do Norte e outra de Lisboa, passando agora a haver 14 vítimas mortais. Estão também confirmados mais 320 casos de infeção, o que perfaz um total de 1.600. Houve, assim, um crescimento de 25% face ao dia anterior. “Todos os óbitos correspondem ao perfil clássico: pessoas idosas e com múltiplas patologias”, afirmou a ministra da Saúde. Marta Temido revelou ainda que 80% dos infetados estão a tratar-se em casa. Noutro âmbito, mas na mesma conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, desaconselhou o uso de máscaras, “sobretudo se não forem verdadeiras, mas sim pedaços de tecido”. “Aquele pano não é impermeável, vai ficar húmido e o vírus vai passar”, argumentou.