PREÇO DA ÁGUA BAIXA POR ORDEM CAMARÁRIA
Vários municípios têm reduzido faturas. Primeiro-ministro evita falar sobre o tema
Várias câmaras municipais têm, nos últimos dias, tomando a iniciativa de reduzir as tarifas da água, quer com a isenção total de taxas, percentual, isenção do pagamento da água, saneamento e resíduos urbanos ou a alargar o prazo de pagamento. Tudo para atenuarem junto dos munícipes a crise que já se prevê que o coronavírus irá causar a nível mundial. Já o primeiro-ministro António Costa, tem ignorado o tema
ÁGUAS DE PORTUGAL GARANTE QUE NÃO SERÃO FEITOS CORTES DE FORNECIMENTO POR FALTA DE PAGAMENTO
quando confrontado pela comunicação social.
Os exemplos mais recentes foram dados pelas autarquias de Vouzela, Lamego, Santa Cruz, Mação, Pombal, Maia e Sintra. E perspetivam-se que mais municípios se possam juntar a estes. Basta que regulem as tarifas da água para poderem ajudar um pouco os cidadãos. Contactada por Record, fonte oficial da Águas de Portugal (AP) garantiu que não haverá cortes por falta de pagamento. Porém, em relação à redução das tarifas fora do âmbito camarário, a AP passa a bola ao Governo e à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). E se o primeiro-ministro não responde, também a ERSAR não deu resposta à abordagem do nosso jornal. Tal como a GALP, no âmbito do gás. E a EDP, sobre a redução de tarifas da eletricidade, nada acrescentou.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, assinou ontem os três despachos que asseguram aos portugueses todos os serviços essenciais ao bom funcionamento do País. As medidas aplicam-se ao abastecimento de água, fornecimento de energia, eletricidade, gás e combustíveis, recolha do lixo e funcionamento dos transportes. Apesar da pandemia da Covid-19, o Governo liderado por António Costa quer “assegurar a continuidade e a ininterruptibilidade da prestação dos serviços públicos”, de acordo com um dos despachos.