MOVIMENTO PEDE ELEIÇÕE ELEIÇÕES EM ABRIL ABRIL
Movimento ‘ Sou Sporting’ alega incompatibilidade de funções e pede eleições em abril. Líder esclarece processo
ALEGAM INCOMPATIBILIDADE APÓS CHAMADA DE VARANDAS AO EXÉRCITO
72% DOSS LEITORES RECORD DISCORDAM DE IDA ÀS URNAS
PRESIDENTE EXPLICA PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO
CHAMADA AO EXÉRCITO EM CAUSA
Requisitado ou voluntário? Esta foi a questão, em torno do presidente do Sporting, Frederico Varandas, que ontem surgiu nas redes sociais. Numa altura em que o país combate a Covid-19, o Ministério da Defesa confirmou, à agência Lusa, que o regresso do líder dos leonino ao ativo decorre da sua condição de militar. Inicialmente, foi difundido que a reintegração do presidente dos leões fora resultado de uma reunião com o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, na qual Varandas teria disponibilizado toda a equipa clínica do clube para ajudar a combater o novo corona
MINISTÉRIO DA DEFESA TERÁ ENVIADO ONTEM NOTIFICAÇÃO. PRESIDENTE MANIFESTA-SE “ORGULHOSO E HONRADO”
vírus. Ele, incluído. A referida reunião, provavelmente, por videoconferência, foi mantida a 16 de março e a ordem para regressar ao ativo datada de dia 18, Ou seja, dois dias depois do anúncio oficial.
O tema não teria assumido dimensão nacional, se um movimento denominado ‘Sou Sporting’ não tivesse exigido, nas redes sociais, a marcação de eleições imediatas, para 20 de abril, ou seja, em período de pandemia e duas semanas após o levantamento do estado de emergência que vigora em Portugal. O movimento integra elementos que fizeram parte da lista encabeçada por Erik Kurgy, que Bruno de Carvalho tentou apresentar às eleições de 2018. Record chegou à fala com um dos elementos dessa lista, Nuno Sousa, apontado como responsável pela publicação, que assume a sua responsabilidade e manteve a tese de que o artigo 37º dos estatutos do Sporting, relacionado comincompatibildiades, foi violado .“Se houver uma leitura desse artigo, Varandas perde automaticamente o cargo; não só ele, como os restantes órgãos sociais”, refere Sousa, acusando “o capitão” de abandonar “o posto” e de não “nomear ninguém”.
Um outro elemento, afeto à lista apresentada por BdC, em 2018, que opta pelo anonimato, diz que não foi feito nenhum pedido de eleições antecipadas, apenas foi colocada um pergunta. “Quem tem de responder a isso é Rogério Alves. O que ele tem a fazer é uma leitura clara dos estatutos e marcar eleições, pois ninguém está a dizer que Frederico Varandas não poderia recandidatar-se”, refere. Uma tese desmentida ontem pelo Ministério da Defesa, em nota enviada à agência Lusa. “O capitão Frederico Varandas detinha licença especial para efeitos eleitorais [é membro da Assembleia Municipal de Odivelas]. Com a entrada em vigor do decreto do Presidente da República, determina-se o regresso do militar à anterior situação”. Por sua vez , o Sporting, em comunicado, alega que o líder leonino não recebeu, para já, qualquer notificação oficial - confirmou, sim, que “foi contactado telefonicamente pelo Exército a confirmar a sua participação na luta contra a pandemia” - e lembra que manifestou a intenção de regressar à atividade médica ainda antes de ter sido decretado o estado de emergência, dizendo-se “orgulhoso e honrado por servir o país”.