Record (Portugal)

“Não falta comida mas não há muita escolha”

- R.G.

Diogo Pinto estava longe de imaginar que dois meses depois de sair do Benfica para os italianos do Ascoli que passaria grande parte dos dias no seu apartament­o a fazer exercícios, a ler e sentado a jogar a PlayStatio­n. Só sai para ir encher o frigorífic­o. “Tenho sorte que moro mesmo no centro da cidade e tenho um supermerca­do ao pé de casa. Vou de máscara e luvas. Tenho tomado todos os cuidados. Costumo ir uma vez por semana. Se falta comida? Não falta, mas também não há muita escolha”, conta o médio a Record, depois de acabar os exercícios diários. Uma realidade dura para Diogo Pinto, ex-jogador dos sub-23 e equipa B do Benfica, que se instalou depois de o governo italiano ter imposto a quarentena obrigatóri­a para conter o surto que tem feito milhares de mortes no país. Ciente da realidade italiana, o médio deixa o conselho para o seu país. “Levem o vírus a sério . O problema de Itália foi não ter levado isto a sério. Não houve regras nenhumas logo de início. Quero que as pessoas respeitem a quarentena e que evitem as multidões”, diz o médio, que viu a azáfama do centro de Ascoli transforma­r-se numa cidade deserta. “Não há barulho nenhum. Antes havia pessoas na rua, havia barulho, nem que fossem os transporte­s públicos. Mas a cidade está fantasma, não se passa nada. Foi o que mais me impression­ou até agora”, frisa. Todas as atividades desportiva­s em Itália estão suspensas até dia 3 de abril, medida que deve ser renovada já que o surto está longe de estar controlado.

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