Vírus prejudica inovações de Amorim para a baliza
A pandemia trouxe dificuldades acrescidas para Rúben Amorim e restante equipa técnica, que poucos dias de trabalho tinham com o plantel antes de a Academia ser ‘esvaziada’. No caso específico da baliza, o treinador de guarda-redes, Tiago Ferreira, admite que existe uma série de obstáculos a dificultar o trabalho de Maximiano, Renan e Diogo Sousa, até porque o trio recebeu novas ideias de Amorim. “Para os guarda-redes é complicado, dado o espaço confinado e não terem ninguém com quem se treinarem. Não lhes vamos pedir que se mandem para o chão num apartamento... O treinador é novo, as ideias também, por isso vão ter de modificar alguns aspetos. O míster quer que o guarda-redes jogue subido e procure a bola na profundidade, nas costas da defesa. E isso é difícil de treinar. Tem de se trabalhar com a equipa, repetir esse tipo de exercício e dar tempo”, sublinha o ex-guardião dos leões, de 44 anos, que após a entrada de Amorim subiu dos sub-23 para a equipa principal.
“Passo-lhes exercícios com bola, para não perderem essa sensibilidade. Se tiverem algum colega em casa que os ajude, tanto melhor. O ideal era existirem três ou quatro semanas antes do regresso à competição, para o corpo se readaptar aos vários exercícios”, vinca.
Max no trono por direito
Tiago acompanha Maximiano “desde que ele tinha 15 anos”, por isso afirma, com segurança, que a sua escalada até à titularidade “não surpreende”. “Está no caminho certo. Ainda tem muito que aprender e tento ajudá-lo nisso. Na minha forma de trabalhar, após cada jogo isolo os lances em que os guarda-redes tocam na bola. Por exemplo, após o jogo com o Aves, falei com ele sobre uma má saída que ele teve, numa bola em profundidade. E também estou sempre pronto a aprender com eles”, realça, descansado quanto ao futuro do Sporting na posição: “Há ainda o Cunha, o Anthony... Na formação de guarda-redes estamos bem servidos!”