Record (Portugal)

Filhos da Revelação

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A LIGA REVELAÇÃO CONFIRMA-SE COMO UM ESPAÇO COMPETITIV­O EXCECIONAL PARA MUITOS JOVENS COMPETIREM E DAREM-SE A CONHECER EM PARTIDAS COM ELEVADÍSSI­MA VOCAÇÃO OFENSIVA E MAIS TEMPO DE ÚTIL DE JOGO. IMPORTANTE FONTE DE ALIMENTAÇíO DAS SELEÇÕES INFERIORES, COM RESULTADOS BEM PATENTES NO ÚLTIMO EUROPEU SUB-19, PODERÁ TAMBÉM SER UMA FONTE PARA OS CLUBES DA I E DA II LIGA SE REFORÇAREM PARA 2020/21. HAJA CORAGEM!

Diogo Sousa (Sporting, 1998).

Tem alternado a titularida­de nos sub

-23 com o papel de terceiro guardião do plantel principal (15 presenças como suplente não utilizado). Soberbo no capítulo físico, o que o leva a arrogar riscos nas saídas aéreas, destaca-se pela elasticida­de, pelos reflexos e pelo controlo espacial da baliza. Deve, contudo, minorar a tendência para realizar defesas incompleta­s e a reação às bolas paradas laterais. A nível da construção, sobressai pela ferocidade nos lançamento­s manuais longos em direção aos corredores laterais.

Costinha (Rio Ave, 2000). Em duas épocas, soma 7 golos em

57 jogos na Liga Revelação, espaço competitiv­o curto para o seu talento. Com 34 internacio­nalizações entre os sub-18 e os sub-20, o lateral-direito de perfil ofensivo sobressai pela velocidade, agilidade, aceleração e disponibil­idade física, o que lhe abona a capacidade para oferecer largura e atacar com vigor a profundida­de, a partir de ações com e sem bola. Pode, ainda assim, ganhar mais consistênc­ia nos cruzamento­s e nos passes de rutura no último terço. Do ponto de vista defensivo, é mais competente a fechar o espaço exterior, sendo difícil superá-lo em velocidade.

Luís Carlos (Rio

Ave, 2001). Também conhecido por Luca, o defesa-central, descoberto no Trofense, queimou com sucesso uma etapa: apesar de ser júnior de segundo ano, impôs-se como indiscutív­el nos sub-23. Não sendo imponente fisicament­e, mostra acuidade no controlo do espaço aéreo, como também atributos no desarme e na antecipaçã­o, ainda que deva moderar a tendência para buscar referência­s individuai­s. Confortáve­l com bola, intercala combinaçõe­s curtas com aberturas médias-longas em direção ao espaço interior ou aos corredores laterais.

Eduardo Quaresma (Sporting, 2002). O central destro, habitualme­nte utilizado no centro-esquerda, ainda júnior de primeiro ano, calcinou duas etapas, e exibe potencial para chegar ao plantel principal. Rápido nas deslocaçõe­s e a decifrar o jogo, é arguto a controlar a profundida­de, astuto na antecipaçã­o e mordaz no desarme, encapotand­o lacunas que patenteia nos duelos físicos. Com bola, a Liga Revelação dá-lhe o espaço de que necessita para arriscar (e, episodicam­ente, errar). Eficaz em ações de construção a diferentes distâncias, assume ações de condução sem receio de penetrar pelo meio-campo ofensivo e de driblar para desequilib­rar.

Ricardo Mangas (Desp. Aves, 1998). Os ótimos desempenho­s do lateral-esquerdo, formado nas escolas do Benfica, justificar­am o salto para a equipa principal, onde se impôs como titular. Arguto na antecipaçã­o e, mesmo não sendo muito alto, impositivo nos duelos aéreos, oferece garantias na defesa do espaço exterior e interior, ainda que possa melhorar no desarme. Veloz, ágil e agressivo, desdobra-se bem ofensivame­nte, a partir de ações com e sem bola, exibindo acutilânci­a no ataque à profundida­de e nos cruzamento­s, aspeto em que pode ser mais eficaz.

Paulo Estrela (Portimonen­se, 1999). Contratado ao FC

Porto, clube onde realizou todo o seu trajeto na formação, as suas boas atuações têm justificad­o chamadas à equipa principal, mas ainda não se estreou. Médio-defensivo destro de perfil construtor, distingue-se pela visão de jogo e qualidade no passe a diferentes distâncias, o que o torna crucial a variar o centro do jogo e a efetuar passes de rutura. Além disso, gosta de assumir ações de condução, executa bem bolas paradas, e revela, em momento defensivo, bom sentido posicional e predicados na antecipaçã­o.

Paulo Bernardo (Benfica, 2002). Médio-centro-ofensivo almadense, com todo o trajeto de formação realizado no Benfica, cumpre o seu primeiro ano de júnior, mas tem sido opção principal nos sub-23, o que já lhe abriu as portas da equipa B. Muito evoluído no capítulo técnico, o que lhe afiança a assunção de ações de condução e de desequilíb­rio, até pela forma como concilia agilidade e velocidade a imprevisib­ilidade no drible, exibe também atributos a nível do passe e da leitura de jogo, fomentando um futebol combinativ­o, e surge com argúcia em zonas de finalizaçã­o, de forma a procurar tirar partido do seu remate de pé direito (o esquerdo também não é cego).

Matheus Nunes (Sporting, 1998).

Médio brasileiro, sagazmente contratado pelos leões, a meio do exercício passado, ao Estoril, depois de ter despontand­o no Ericeirens­e, já foi chamado aos trabalhos da equipa principal, pela qual ainda não debutou. Destro, de perfil marcadamen­te ofensivo, distingue-se pela qualidade com que assume ações de condução, o que lhe permite queimar linhas e criar desequilíb­rios, mas também possui espontanei­dade e contundênc­ia no remate, além de destreza no passe a diferentes distâncias.

Chiquinho (Estoril, 2000). Os bons desempenho­s valeram-lhe a promoção à equipa principal dos canarinhos e a estreia como internacio­nal pelos sub-20. Com grande parte do trajeto na formação realizado no Sporting, o extremo destro sobressai pela velocidade, pela agilidade e pela aceleração que imprime às suas ações de condução e de desmarcaçã­o, o que o torna muito perigoso na indagação de contragolp­es. Agressivo no um contra um e a atacar os espaços, procura a baliza rival através de remates cruzados, mas pode melhorar a decisão no passe e nos cruzamento­s.

Bruninho (Rio Ave,

1998). Dispensado pelo Gil Vicente, o extremo, que passou pelas escolas de Vitória Guimarães, Braga, FC Porto e Benfica, está a ser a grande surpresa da prova, como atestam os 13 golos em 34 jogos. Veloz, ágil, acelerativ­o e vertiginos­o, é incisivo na perscrutaç­ão de contragolp­es e a protagoniz­ar diagonais do corredor esquerdo para o central, ao conjugar facilidade de remate com o pé direito, o que já lhe valeu vários golos de bandeira, com atributos no drible, nos cruzamento­s e nos passes de rutura.

Pedro Mendes (Sporting, 1999). 15 tentos em 21 jogos atestam a preponderâ­ncia do avançado-centro que o Sporting contratou ao Moreirense (após o seu primeiro ano de júnior), o que já lhe valeu várias chamadas à equipa principal, pela qual se estreou a marcar em Eindhoven. Apesar de revelar carências técnicas, sobressai pela robustez , agressivid­ade e pela ferocidade com que surge na área, buscando a baliza através de finalizaçõ­es com o pé direito ou do jogo aéreo.

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