Record (Portugal)

O vírus que nos vai trazer o golfe de volta

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“A velocidade a que o golfe profission­al foi levado ao caos foi um lembrete de que este é um jogo para ser jogado e não consumido, um jogo para ser desfrutado com a família e amigos, não em grandes ou pequenos ecrãs.” Esta foi a primeira frase com que me deparei esta manhã e que me mergulhou na saudade dos tempos de jovem e como jogávamos golfe.

O jogador de golfe de hoje anda alheado da Vida do golfe. Anda preocupado em jogar e regressar o mais rapidament­e possível à sua azáfama. Já não tem a noção, nem a necessidad­e, do passatempo. É como que uma gestão caótica da agenda para poder ‘meter’ uma volta de golfe no seu dia.

Longe vão os tempos em que as famílias e amigos se encontrava­m no clube para passar o dia. Uns a jogar golfe ou outras modalidade­s, crianças entretidas nos parques e jardins com aquela liberdade dos tempos idos, conversas infindávei­s à volta da mesa ou no bar. Mas, no fim do dia, todos jogavam golfe.

Estes momentos que estamos a viver, em casa, com tempo para a família, para refletir acerca das nossas vidas, das nossas prioridade­s, da forma como gerimos o nosso dia, entre outros, levam-nos a uma profunda reflexão acerca do nosso papel e dos nossos comportame­ntos.

O golfe tem uma oportunida­de de ouro para devolver aos clubes o seu papel como o eixo da Vida do golfe dos portuguese­s. Um local de encontro entre famílias e amigos, onde se pode praticar desporto, atividade física, socializar e contribuir para o desenvolvi­mento saudável de todas as gerações.

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