NOVAS DATAS NÃO CONFORTAM
Técnico Paulo Pereira pede responsabilidade aos atletas para manter a sua atividade física
adiamento preconizado pela Federação internacional (IHF) do Torneio Pré-Olímpico, reagendado para junho, nos dias 12, 13 e 14, onde Portugal enfrentará Tunísia, Croácia e França, respetivamente, no Paris-Bercy, não tranquilizou o selecionador Paulo Pereira, face à incerteza que paira sobre o mundo do desporto por causa da Covid-19. “É um pouco aquilo que eu já tinha previsto. Temos os jogos do playoff de apuramento para o Mundial, frente a Letónia ou Israel, no início desse mês e depois o pré-olímpico. Mas já fui mais otimista, para que os jogos sejam mesmo nessas datas. Creio que essa agenda possa ainda mudar face à pandemia”, considerou o selecionador Paulo Pereira, em declarações a Record. O treinador nacional continua na expectativa, defendendo que o processo de qualificação se deve manter, pois Portugal está numa situação em que poderá fazer história: “Pensando com o coração, espero que os critérios se mantenham inalteráveis. Nas modalidades individuais, em que um segundo pode marcar a diferença, acredito que a qualificação possa ser transferida para uma data mais próxima dos Jogos, mas o apuramento no andebol é processado em anos e quem vai estar no pré-olímpico foi pelo mérito no Mundial’2019 e Europeu’2020. Está tudo interligado, pelo que o Mundial’2021, em janeiro, não deverá entrar nestas contas. Julgo que os direitos desportivos estão adquiridos. Se não, perguntem ao Pierre de Coubertin qual a resposta que se deve ter perante os valores do olimpismo”, acrescentou de forma irónica Paulo Pereira.
Para já, o confinamento da população complica tudo e ninguém sabe quando a competição regressará. Paulo Pereira tem um grupo de 28 jogadores disponíveis e espera que estejam todos prontos para cumprir os objetivos traçados, que é o apuramento para Tóquio e para o Mundial: “Os atletas estão ao serviço dos clubes, existindo responsabilidades pela manutenção da sua atividade física. Os exercícios em casa não substituem o treino, mas, dentro dos condicionalismos, devem manter-se. Os jogadores são responsáveis e só esperam que tudo regresse à normalidade”, concluiu.