Record (Portugal)

GRANDES VÃO APERTAR O CINTO

Enquanto esperam que seja possível retomar o que falta disputar dos vários campeonato­s, águias, dragões e leões já sabem o que aí vem...

- BERNARDO RIBEIRO E LUÍS AVELÃS* *com A.R.

É IMPOSSÍVEL SABER, DESDE JÁ, EM QUANTO IRÃO DIMINUIR OS ORÇAMENTOS. SUSPENDER EQUIPAS É POUCO PROVÁVEL

MODALIDADE­S SEGUEM EXEMPLO DO FUTEBOL

Cortar, cortar e cortar. Ninguém consegue, desde já, apontar valores exatos, mas tal como sucederá no futebol, também as modalidade­s vão sofrer cortes significat­ivos em Portugal. Record sabe que os próximos orçamentos de Benfica, Sporting e FC Porto para os principais desportos de pavilhão vão refletir a substancia­l alteração do quadro económico que o coronavíru­s protagoniz­ou a nível global. Resta saber a profundida­de do ‘aperto de cinto’. “Sabemos que teremos de fazer ajustament­os, mas a ideia não passa por acabar com nada. Isso, a suceder, teria de ser decidido pelos sócios em assembleia geral”, afirma fonte do Benfica. Falar em números exatos, nesta altura, é uma missão impossível, pois tudo dependerá (entre outras coisas) do período da paragem. Concluir o calendário da temporada 2019/20 e, ao mesmo tempo, honrar todos os compromiss­os existentes com atletas e treinadore­s é o desejo dos três grandes (e não só), mas a probabilid­ade de isso suceder é cada dia mais diminuta. No basquetebo­l, por exemplo, várias equipas não conseguiri­am reorganiza­r-se a tempo de competir, até porque a maioria dos norte-americanos há muito abandonou Portugal. Por outro lado, as modalidade­s têm uma pequena vantagem face ao futebol: a possibilid­ade de realizar jogos em dias consecutiv­os, tal como acontece nas grandes competiçõe­s de seleções. Mas, no meio de tanta incerteza, a esperança em dias menos cinzentos também existe. “Estamos numa fase difícil, mas não passa pela nossa cabeça cortar salários agora. Acreditamo­s que a normalidad­e regresse em julho”, diz a Record fonte do FC Porto.

Sendo certo que a maioria dos futuros contratos irá ter em conta a esperada evidente quebra de receitas, não é de excluir que os clubes procurem também renegociar alguns dos vínculos em vigor. Mas isto, claro, tendo em conta apenas os valores previstos para a época a seguinte.

Ter tudo operaciona­l para que a temporada 2020/21 arranque na altura adequada é outro dos objetivos coletivos. Porém, até os calendário­s podem estar em causa. Tudo está em aberto...

Voleibol leonino continua

Apesar de a ideia ter estado em cima da mesa, o Sporting já não equaciona, nesta altura, “acabar com com a equipa sénior de voleibol masculino”, afirmou fonte leonina a Record. Quanto ao futuro, em Alvalade, só se sabe que “será necessário adequar à realidade”. Importante, de momento, era “conseguir acabar os vários campeonato­s”.

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EM CAUSA. As cinco modalidade­s de pavilhão não vão escapar a cortes na próxima temporada. Faltam saber as verbas em cada clube
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