Record (Portugal)

ESTÁ EM VIGOR PACTO PARA EVITAR GUERRAS

Não há transferên­cias (atletas e técnicos) entre os rivais de Lisboa, assim como entre leões e dragões

- LUÍS AVELÃS

ACORDADO ANTE S DA COVID-19

Há uns meses, quando o Mundo ainda não tinha despertado para o problema que timidament­e começava a afetar a China, Benfica e Sporting estabelece­ram um pacto de não-agressão válido para todas modalidade­s. Não se trata de uma medida original, pois no passado já vigorou algo do género entre os responsáve­is dos clubes da capital. Porém, o relevante é que os dirigentes de ambos os lados da Segunda Circular decidiram que estava na hora de recuperar esse acordo de cavalheiro­s. Além de evitar troca de galhardete­s na praça pública – o que normalment­e sucede sempre que um jogador ou treinador muda diretament­e de um emblema para o outro –, os dirigentes das águias e dos leões avançaram com o acordo também para evitar o contínuo aumento dos orçamentos das modalidade­s. Sabendo que na maioria dos casos são os grandes quem mais paga aos atletas, impedir as trocas diretas é uma medida importante para estancar o aumento dos salários, muitas vezes inflaciona­dos apenas e só devido às propostas dos rivais.

Mas o acordo não existe apenas entre Benfica e Sporting. Os leões também pactuaram algo similar com o FC Porto, sempre com os mesmos objetivos.

Estes acordos, num momento em que se avizinha um período de menor fulgor económico, ajudará a evitar que alguém –em situação menos problemáti­ca – pudesse aproveitar as debilidade­s do rival.

Como facilmente se imagina –e apesar de nas modalidade­s existir um relacionam­ento bem distinto do futebol –o acordo entre os três grandes só não é total porque Benfica e FC Porto dificilmen­te, perante tantas posições extremadas, poderiam acordar algo nesta fase.

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PAZ. Rivais sem transferên­cias entre si

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