ESTÁ EM VIGOR PACTO PARA EVITAR GUERRAS
Não há transferências (atletas e técnicos) entre os rivais de Lisboa, assim como entre leões e dragões
ACORDADO ANTE S DA COVID-19
Há uns meses, quando o Mundo ainda não tinha despertado para o problema que timidamente começava a afetar a China, Benfica e Sporting estabeleceram um pacto de não-agressão válido para todas modalidades. Não se trata de uma medida original, pois no passado já vigorou algo do género entre os responsáveis dos clubes da capital. Porém, o relevante é que os dirigentes de ambos os lados da Segunda Circular decidiram que estava na hora de recuperar esse acordo de cavalheiros. Além de evitar troca de galhardetes na praça pública – o que normalmente sucede sempre que um jogador ou treinador muda diretamente de um emblema para o outro –, os dirigentes das águias e dos leões avançaram com o acordo também para evitar o contínuo aumento dos orçamentos das modalidades. Sabendo que na maioria dos casos são os grandes quem mais paga aos atletas, impedir as trocas diretas é uma medida importante para estancar o aumento dos salários, muitas vezes inflacionados apenas e só devido às propostas dos rivais.
Mas o acordo não existe apenas entre Benfica e Sporting. Os leões também pactuaram algo similar com o FC Porto, sempre com os mesmos objetivos.
Estes acordos, num momento em que se avizinha um período de menor fulgor económico, ajudará a evitar que alguém –em situação menos problemática – pudesse aproveitar as debilidades do rival.
Como facilmente se imagina –e apesar de nas modalidades existir um relacionamento bem distinto do futebol –o acordo entre os três grandes só não é total porque Benfica e FC Porto dificilmente, perante tantas posições extremadas, poderiam acordar algo nesta fase.