REVOLTA NO RINGUE
Pugilistas infetados no Torneio Pré-Olímpico. Federação turca vai fazer queixa contra o COI
çA pandemia está a afetar todos os desportos e o boxe não é exceção, com a federação turca a revoltar-se contra o Comité Olímpico Internacional (COI). Tudo porque dois pugilistas, um treinador e um preparador físico da sua seleção acusaram positivo à Covid-19, após a presença no pré-olímpico de Londres, que resistiu de 13 até 16 março, altura em que o torneio se viu forçado a interromper. Como consequência, o organismo turco revelou que vai formalizar uma queixa contra o COI, porque não tomou as medidas necessárias para a propagação do novo coronavírus.
“Numa altura em que todo o Mundo estava a tomar medidas extremas para lidar com o vírus, fiquei surpreendido por um grupo de trabalho do COI e do governo britânico permitirem o início do pré-olímpico, enquanto todos os restantes desportos tinham interrompido as suas provas. Foi um ato irresponsável e, como resultado, elementos da nossa seleção foram infetados”, criticou Eyup Gozgec, presidente da federação turca que também é vice-presidente da Confederação Europeia de Boxe, explicando porque vai fazer uma queixa ao COI: “Não foram tomadas as precauções médicas suficientes, nem na Copper Box Arena, nem no hotel dos pugilistas.”
Croatas também indignados
A seleção croata partilha desta indignação, já que viu três elementos da sua comitiva acusarem positivo: um pugilista, o selecionador e ainda um técnico. “É o resultado desastroso da irresponsabilidade deste grupo de trabalho do COI. Este vírus existe desde dezembro de 2019. Não percebo porque não adiaram logo esta competição”, questionou o pugilista Toni Filip, que contraiu a Covid-19. “Nos primeiros dias que estive em isolamento não tive sintomas. Mas depois comecei a ficar quente, medi a temperatura e vi que tinha febre. Depois apareceram as dores de cabeça e a tosse. Agora já sinto-me melhor. Não deixo que as doenças me afetem facilmente!”, relatou.
COMPETIÇÃO DECORREU ENTRE 13 E 16 DE MARÇO EM LONDRES. “FOI UMA IRRESPONSABILIDADE TREMENDA”, ATIRA GOZGEC