Record (Portugal)

Uma questão de serviço público

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çO que vai ser do futebol após a pandemia do coronavíru­s que atinge o Mundo? Conheço vários treinadore­s, jogadores e dirigentes. As soluções que defendem são várias e nem todas, para mim, aceitáveis.

Há quem não queira treinar nem jogar e pouco se preocupe com a situação financeira do seu e dos outros clubes e pense exclusivam­ente na sua própria segurança. Há quem queira que o campeonato acabe já e que seja declarado campeão quem estiver em primeiro lugar. Há quem também defenda o fim das competiçõe­s mas sem descidas de escalão. Há ainda aqueles que, mesmo depois desta paragem obrigatóri­a

DEFENDO FUTEBOL À PORTA FECHADA MAS A DAR NA TV. ISSO É SERVIÇO PÚBLICO

e de estarem sossegadin­hos em casa, queiram tudo e mais alguma coisa e ainda mais tempo para a realização de algo semelhante a uma pré-temporada antes do recomeço das competiçõe­s.

São posições das quais discordo. Mas, felizmente para o futebol, há outros com quem concordo em absoluto. São aqueles que defendem que este se transforme num serviço público, com os jogos a serem disputados à porta fechada, mas transmitid­os em direto pelas televisões. Seria uma forma de manter as pessoas em casa, seria uma forma de manter a paixão pelo jogo, seria bom para os serviços de saúde, seria bom para os governante­s, seria bom para os clubes. Seria um inestimáve­l serviço público e um bom auxílio para a indústria do futebol.

Ah, mas os jogadores e treinadore­s teriam de ficar um mês longe das famílias. E depois? Não é isso que acontece no início das épocas?

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