“Peço desculpa pelo que fiz comigo mesmo”
Jardel assume opções erradas e confessa ter entrado numa “depressão enorme”
Mário Jardel passou em revista vários momentos que viveu em Portugal e, concretamente, no Sporting. Após ter recordado os estrondosos 55 golos em 42 jogos em 2001/02, época de estreia em Alvalade, o antigo avançado brasileiro assume que, depois, deixou os problemas fora de campo sobreporem-se ao seu futebol, pelo que hoje pede perdão aos adeptos. “Quero pedir desculpa aos sportinguistas pelo que fiz comigo mesmo. Quero dizer do fundo do coração que hoje sou outra pessoa”, frisou, em entrevista ao podcast ‘Sporting160’. No passado, recorde-se, o ex-jogador já havia admitido ter consumido cocaína quando ainda representava o FC Porto. Além disso, Jardel sublinha ter entrado numa “depressão enorme” depois de não ter sido convocado para a seleção brasileira, na altura orientada por Luiz Felipe Scolari, no Mundial de 2002. “Nunca guardei mágoa do ‘Felipão’, ainda hoje converso com ele. Demorei a absorver essa não convocatória. A depressão fez-me cair bastante, mas ainda bem que foi no final da carreira. Mas venci novamente fora de campo. Posso dizer,
“HOJE, O JARDEL É UMA PESSOA RENOVADA”, AFIRMA, PRONTO PARA ABRAÇAR UM PROJETO NO FUTEBOL PORTUGUÊS
com convicção, que hoje o Jardel é uma pessoa renovada. Amo a minha vida”, salientou.
Recetivo a “ajudar”
Aos 46 anos, Jardel quer continuar ligado ao futebol, de preferência como “caça-talentos ou treinador de avançados”. “Se surgir uma proposta em Portugal, seja do Sporting ou de outro clube, vou analisá-la. Sou muito grato ao futebol português e tenho dois filhos que moram em Portugal, assim até ficava mais perto deles”, frisou. No caso concreto dos leões, Jardel diz-se ”pronto para ajudar” e, num tema paralelo, elege Bas Dost como o melhor avançado que viu em Alvalade desde que abandonou Alvalade: “Fez ótimas épocas. Posicionava-se bem e era oportunista. Lembrou-me... o Mário Jardel.”