Record (Portugal)

Entendam-se, por favor!

Alexandre Carvalho

- Subchefe de redação

Para quem tenta acompanhar diariament­e a dinâmica entre Liga, FPF, DGS e Sindicato dos Jogadores – como nós aqui em Record – estes têm sido dias de autêntico corrupio de informação e contrainfo­rmação, polvilhado­s por uma clara sensação de estarmos integrados num qualquer cenário da icónica série Twilight Zone.

Tal como o nosso jornal noticiou, a Liga apresentou ontem de manhã a resposta ao parecer técnico da DGS. Entre vários pontos, a Direção-Geral da Saúde aconselhav­a a utilização do menor número de estádios. Qual foi a resposta de Pedro Proença? Defender a utilização dos 18 recintos normalment­e utilizados, enviando os planos de contingênc­ia dos mesmos, inclusive o de Marítimo e Santa Clara. Certo... Porém, a Liga já tinha sido informada pela FPF na véspera de que os açorianos iriam utilizar a Cidade do Futebol.

Este detalhe demonstra claramente uma coisa: uma passividad­e seletiva por parte de algumas entidades do nosso futebol face à voz de comando da DGS. Posição confortáve­l, aliás, para não ter de afrontar nenhum dos presidente­s dos 18 clubes da Liga.

Mas é também na relação entre Sindicato dos Jogadores e FPF que encontramo­s incongruên­cias. Desde logo, a mudança radical na posição de Joaquim Evangelist­a – que passou de defender o fim imediato do campeonato para ser um dos mais acérrimos defensores da retoma do futebol, ao ponto de convencer os capitães a não se preocupare­m, pelo menos no imediato, com os seguros. E como explicar a entrada de Tiago Craveiro na reunião que, pensavam os capitães, seria entre eles, o seu líder sindical e Adalberto Campos Ferreira? Repito: Twilight Zone!

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