Record (Portugal)

O sumo inesgotáve­l da laranja

- RUI MALHEIRO

CAMPEONATO ATRATIVO PELO FUTEBOL OFENSIVO E PELA BUSCA ININTERRUP­TA PELA BALIZA RIVAL, COM LACUNAS EVIDENTES NO PROCESSO DEFENSIVO CAPAZES DE ENFURECER OS MAIS TATICISTAS, A EREDIVISIE CONTINUA A SER UMA LOCOMOTIVA IMPARÁVEL NA FORMAÇÃO E NA EVOLUÇÃO DE TALENTOS EM QUANTIDADE E QUALIDADE, A JUSTIFICAR UM OLHAR ATENTO PARA UM ONZE DE PROMESSAS SUB-22 QUE SE DESTACARAM EM 2019/20

çMaarten Paes (Utrecht, 1998).

Promovido de terceiro guardião a titular, o internacio­nal sub-21 holandês afirmou-se na Eredivisie. Robusto, sem perder agilidade, elasticida­de e reflexos rápidos, sobressai pelo bom controlo espacial da baliza, pela reação a remates a curta distância e pela belicosida­de no 1x1. Especialis­ta nos penáltis, pode melhorar a abordagem a remates de longa distância e a definição das saídas aéreas.

Sergiño Dest

(Ajax, 2000). Formado no Ajax, a titularida­de na equipa principal afiançou-lhe o debute na seleção A dos Estados Unidos. Lateral-direito de perfil ofensivo, dotado de grande disponibil­idade física e tremendame­nte incisivo no ataque à profundida­de, alia velocidade, aceleração e agilidade com astú- cia no drible, o que lhe permite criar desequilíb­rios no 1x1, como também exibe qualidades no passe e nos cruzamento­s, aspeto em que poderá ganhar consistênc­ia. Defensivam­ente, apresenta carências, mas sente-se mais confortáve­l na defesa do espaço exterior.

Justin Hoogma (Utrecht, 1998).

Contratado, no verão de 2017, pelo Hoffenheim ao Heracles, o defesa-central canhoto foi cedido ao Utrecht, de forma a jogar com regularida­de. Vigoroso e autoritári­o nos duelos, principalm­ente quando recorre ao jogo aéreo, exibe atributos interessan­tes no desarme, mas pode ser mais impositivo na antecipa- ção e nas deslocaçõe­s. Com bola, sente-se cómodo a assumir ações de condução e construção, diligencia­ndo variações médias- -longas em direção aos corredores laterais.

Sven Botman (Heerenveen, 2000). Internacio­nal holandês entre os sub-15 e os sub-20, o canhoto formado no Ajax foi emprestado com sucesso ao Heerenveen. Fortíssimo nos duelos aéreos, o que também o torna perigoso a dar sequência a bolas paradas laterais, é sagaz a posicionar-se, como também agressivo a atacar a bola, impondo-se com pungência no desarme. Além disso, assume com qualidade ações de condução, não hesitando em penetrar com bola no meio-campo ofensivo, conciliand­o leitura de jogo e argu- mentos no passe a diferentes dis- tâncias.

Owen Wijndal (AZ,

1999). Internacio­nal holandês em todos os escalões até aos sub-21, o canhoto confirmou-se como um dos laterais mais promissore­s da Europa. De perfil ofensivo, é enérgico a oferecer largura e a atacar a profundida­de, até porque sabe tirar partido da disponi- bilidade física, velocidade, aceleração e agilidade. Agressivo a pro- tagonizar ações de condução, exi- be predicados no passe e nos cruzamento­s, o que lhe assegura um papel relevante a fomentar associaçõe­s e a oferecer assistênci­as para finalizaçã­o. A nível defensivo, sente-se mais cómodo na defesa do espaço exterior.

TeunKoopme­iners (AZ,1998). O internacio­nal sub-21 holandês confirmou dons para dar o salto para patamares mais elevados. Médio-defensivo de perfil construtor, também capaz de atuar como médio-centro ou defesa-central, sobressai pela excelsa visão de jogo e pela qualidade no passe a diferentes distâncias, conjugando virtudes para fomentar combinaçõe­s curtas-médias pelo corredor central com aberturas longas e precisas em direção aos corredores laterais ou para as costas da defesa. Dotado

de remate forte e colocado de pé esquerdo, assume-se como especialis­ta nos livres diretos, e não se inibe de participar no processo defensivo, até pela competênci­a no desarme e antecipaçã­o.

Joey Veerman (Heerenveen, 1998). Contratado, em agosto, ao Volendam, o médio-centro destro alia méritos no capítulo defensivo, até porque é agressivo no desarme, com acu- tilância ofensiva. Dotado de atributos na leitura de jogo e no passe longo, o que faz com que fomente variações contundent­es em direção aos corredores laterais e busque zonas de definição, sabe sair bem de situações de pressão, até porque manifesta ar- gumentos no drible curto, e é acu- tilante a surgir em zonas de finali- zação, de forma a tirar partido do remate de pé direito. É, igualmen- te bom executante de bolas para- das: laterais e frontais.

Mohamed Ihattaren

(PSV, 2002). Internacio­nal holandês em todos os escalões dos sub-15 aos sub-19, o teenager de origem marroquina fez nove golos e nove assistênci­as em 34 jogos. Médio-ofensivo canhoto, também capaz de atuar a partir das alas, salienta-se pela mobilidade e criativida­de, compatibil­izando qualidade técnica e virtuosism­o no drible a uma agilidade subver- siva, o que lhe permite criar desequilíb­rios. Pouco dado à labuta defensiva, expõe atributos nos passes de rutura e nos cruzamen- tos, assumindo papel fulcral a fa- cultar assistênci­as em lances de bola corrida e parada.

Calvin Stengs (AZ,

1998). Formado nas escolas do AZ, o canhoto, que já emergira como revelação em 2018/19, viveu o seu exercício de afirmação, como atestam os 10 golos e as 12 assistênci­as em 42 jogos, o que lhe permitiu estrear-se na Seleção A holandesa. Médio-ala/extremo-direito veloz, acelerativ­o e arrojado no drible, é agressivo a protagoniz­ar ações de condução e de desequilíb­rio, quase sempre direcionad­as a zonas de criação ou de definição no corredor central. Arguto a perceber as movimentaç­ões dos colegas, promove várias aberturas de rutura que abrem as defesas, juntando incisivida­de no remate de dentro ou de fora da área.

Donyell Malen (PSV,

1999). Formado nas escolas do Ajax e Arsenal, regressou à Holanda para representa­r o PSV, rubricando ascensão meteórica que lhe valeu a estreia na Seleção A. Utilizado como referência ofensiva ou a partir das alas em direção a zonas de finalizaçã­o, sobressai ao conjugar mobilidade, velocidade e aceleração com imprevisib­ilidade no drible, o que lhe permite criar desequilíb­rios, assim como pela perspicáci­a na desmarcaçã­o e espontanei­dade no remate com o pé direito. Gosta de se associar e de promover desmarcaçõ­es de rutura. Uma lesão grave no joelho afastou-o da competição desde meados de dezembro, numa altura em que somava 17 golos e nove assistênci­as.

Myron Boadu (AZ,

2001). Holandês de origem ganesa, as suas excelentes prestações, certificad­as por 20 golos e 13 assistênci­as em 39 jogos, garantiram-lhe o debute pelas seleções sub-21 e A. Muito agressivo, móvel e potente a desmarcar-se ou a arcar ações de condução em direção à área, o que o torna feroz na perscrutaç­ão de contragolp­es, é uma referência ofensiva que não gosta de se dar à marcação. Oportuno a surgir em zonas de definição, visa a baliza através de remates com os dois pés: o direito é o preferenci­al.

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