SILÊNCIO APÓS AS DERROTAS
Os jogos são analisados e as correções vão sendo dadas ao grupo durante os dias seguintes
çO ano de 2020 dificilmente poderia ter corrido melhor a Rúben Amorim e à sua equipa técnica, que em 14 jogos disputados contabilizam 11 vitórias, um empate (Gil Vicente) e duas derrotas registadas na Liga Europa, frente ao Glasgow Rangers. Este registo ganha especial relevo se recordarmos que ao serviço do Sp. Braga derrotou os três grandes do futebol português, e até venceu a Allianz Cup frente ao FC Porto depois de ter eliminado o Sporting nas meias-finais da competição.
Para saber como reage o técnico às derrotas foi preciso recuar aos tempos do Casa Pia e, segundo foi possível apurar, o antigo internacional português reage mal, mas faz os possíveis para gerir internamente as suas emoções pois sabe que os jogadores partilham o seu estado de espírito. Desta forma, o antigo internacional português procurava dissecar os erros com a ajuda dos seus colaboradores e, nos treinos seguintes, corrigia essas falhas a nível pessoal e coletivo.
Ao que tudo indica, esta forma de trabalho agradou e, por norma, no balneário do Casa Pia após uma derrota as conversas eram poucas e o silêncio imperava, principalmente por parte da equipa técnica. Aliás, o responsável técnico ainda acredita que após um jogo o nível de cansaço é de tal forma elevado que é impossível passar qualquer mensagem de forma eficaz nesses momentos.
Resta assinalar que nos diagnósticos realizados após os encontros, Amorim também realiza uma análise à forma como aborda e prepara as partidas e, quando deteta erros, rapidamente os corrige e não hesita em assumi-los a nível interno. “É determinado mas sem ser teimoso”, acrescenta um jogador que já foi orientado pelo treinador dos leões. Aliás, esta forma de trabalhar tem sido um dos pontos fortes de Rúben Amorim, que terminou a carreira de futebolista há pouco tempo e conhece bem as ‘manhas’ do balneário.