MAL-ESTAR NA SUPEREQUIPA
Chris Froome quer ganhar o seu quinto Tour, mas Bernal exige defender o estatuto de campeão
çA superequipa do pelotão mundial pode estar a atravessar o seu pior momento. E não falamos da ausência de competição devido à pandemia, situação transversal a todas as outras formações, mas sim de um eventual mal-estar causado pelo facto de os seus principais ciclistas reivindicarem a liderança na Volta a França, agendada para agosto/setembro. De um lado está Chris Froome, que está na equipa (antes era a Sky) desde o seu início, ou seja, há dez anos, e a querer vencer o seu quinto Tour; do outro o jovem Egan Bernal, que exige defender o estatuto de atual campeão da Grand Boucle. E pelo meio há ainda Geraint Thomas, também ele um vencedor da prova francesa. Muitos líderes e egos para os responsáveis da equipa britânica gerirem com muitas cautelas para não criarem atritos, e várias fações dentro de uma só para que a Ineos continue a ser a grande favorita a vencer o Tour, seja com Froome ou Bernal.
Mas Chris Froome, de 34 anos, poderá estar de saída da Ineos, que até pode acontecer a meio da época. A gota de água que fez transbordar o copo terão sido as declarações de Bernal, a dizer que “não serei gregário de Froome e Thomas”, bem como à reação, ou antes, falta dela da Ineos às palavras do jovem de 23 anos, que em 2019 se tornou no primeiro colombiano a vencer a Volta a França.
E para onde vai Froome?
Após a notícia de que Froome poderá deixar a Ineos, a questão passou a ser: para que equipa vai? Movistar, Bahrain, UAE Emirates e Israel NTT Pro Cycling são, para já, as que poderão estar melhor colocadas para recrutarem o britânico, mas a Israel (sucessora da Katusha) parece levar, por agora, vantagem na corrida.
Seja como for, fontes da Ineos terão confidenciado a alguma imprensa europeia que Chris Froome não vai deixar a equipa no decorrer de 2020, podendo, no entanto, fazê-lo em 2021. O que a equipa ainda não esclareceu é quem efetivamente vai ser o líder no Tour...
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