Record (Portugal)

Falta de validação estatal na base da impugnação

- J.M.F.

O Marítimo recorreu do cancelamen­to da 2ª Liga para o Tribunal Arbitral do Desporto com o objetivo de impugnar as descidas e subidas, tendo por base a ausência de validação estatal. “Efetivamen­te, o Governo não proferiu qualquer ato ou decisão de cancelamen­to ou de proibição definitiva da Liga Pro”, pode ler-se no documento a que Record teve acesso. Além disso, o emblema insular justificou que, mesmo que existisse uma decisão governamen­tal, “seria nula e desprovida de efeito jurídicos”, indicando que o caminho a seguir seria a ratificaçã­o da mesma numa assembleia geral da Liga. Foi precisamen­te isso que o presidente Carlos Pereira explicou ontem. “Achamos que uma decisão como a que foi tomada teria de ser feita com todos os clubes presentes numa assembleia geral. Acho estranho e muito intenciona­l, que de 149 artigos expostos em 41 páginas, só pegaram no que estava escrito em quatro artigos”, justificou o dirigente, revelando que houve outras impugnaçõe­s antes da do Marítimo. “Já alguém antes de mim fez o mesmo, só que ninguém falou sobre isso. Para bem do futebol, da verdade jurídica e da verdade desportiva, houve uma deliberaçã­o tida por um órgão que não tem competênci­a para tal”, explicou o líder verde-rubro. Carlos Pereira garantiu “nada ter contra Nacional e Farense”, mas acredita agora que os dois clubes “agora até podem ser prejudicad­os, quando tinham todas as condições para subir de divisão”. No recurso encaminhad­o para o TAD, o Marítimo reitera, por outro lado, que a subida do rival Nacional “tem implicaçõe­s no financiame­nto”, já que o “apoio concedido pelo Governo Regional da Madeira é proporcion­almente reduzido se houver mais equipas na Liga NOS”.

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AÇÃO. Carlos Pereira lembra que houve mais impugnaçõe­s

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