Record (Portugal)

“GANHAR A CHAMPIONS FOI TOCAR O CÉU COM AS MÃOS” DIEGO MILITO

- ALEJANDRO PANFIL.BUENOS AIRES

çQue lembranças guardas da final da Liga dos Campeões em Madrid, dez anos depois?

DIEGO MILITO – Claro que tenho as melhores lembranças dessa noite e desse jogo. Já passaram 10 anos e parece que foi ontem, porque as lembranças ficam vivas e vão ser eternas. Foi uma das maiores e mais lindas alegrias que tive como futebolist­a. Lograr algo tão lindo numa equipa como Inter depois de tanto tempo, a verdade é que foi um sonho e com o passar do tempo vou valorizand­o e desfrutand­o.

Como é que se sentiam antes desse jogo com o Bayern de Van Gaal?

DM – Chegávamos muito bem e o Bayern também. As duas equipas já tinham ganhado as respetivas ligas e taças e tanto o Inter como o Bayern lutavam pelo triplete nessa época. E para nós era uma grande motivação, era um grande objetivo ganhar a Champions, e um sonho. Chegámos a uma final depois de 45 anos, algo muito importante para o Inter. Tínhamos o moral muito alto e preparamos muito bem o jogo. Uma semana antes ganhamos o ‘scudetto’ na última jornada em Siena e isso ajudou a chegar melhor à final.

Falaste da grande confiança da equipa, mas tu, em particular, tiveste grande moral para fazer dois grandes golos…

“FOI UMA DAS MAIORES EQUIPAS EM QUE JOGUEI, PORQUE ALÉM DOS NOMES, ERA UMA GRANDE FAMÍLIA ATRÁS DE UM SONHO”

DM – Digo sempre o mesmo. Fui um privilegia­do e um afortunado por poder concretiza­r os dois golos. Tinha tido uma grande época, a fazer muitos golos, entre eles na final da Taça de Itália e no último jogo perante o Siena, que nos deu o título de campeão. Estava muito bem e pude fazer um grande jogo em Madrid e concretiza­r as duas oportunida­des que tive. Mas foi uma grande vitória coletiva, porque tínhamos uma grande equipa que foi atrás de um sonho. Fiz os golos, mas foi uma vitória de todos.

O ‘speaker’ do estádio e os adeptos do Inter gritavam ‘Diego Alberto Milito!’ depois desses golos. O que significou para ti ouvir o teu nome?

DM – Isso foi incrível e às vezes é difícil descrever com palavras o que se sente nesses momentos. Sou um eterno agradecido aos adeptos do Inter porque sempre me deram um grande carinho e faz-me muito bem saber que, através desses golos, os adeptos ficaram muito felizes e se sentiram orgulhosos de serem os únicos em Itália a ter ganhado o triplete

Júlio César, Zanetti, Maicon, Lúcio, Samuel, Cambiasso, Pandev, Stankovic, Eto’o, Sneijder... Esta equipa do Inter tinha grandes nomes. O que significou para ti jogar com eles?

DM –Foi um privilégio. Sem dúvida foi uma das maiores equipas em que joguei, porque além dos nomes e da qualidade individual, era uma grande família atrás dum sonho. Quando cheguei ao Inter, percebi esse objetivo de ganhar a Champions. E quando se trabalha forte e se tem esta qualidade de jogadores fica-se mais perto do êxito. E assim foi.

Defrontara­m duas vezes o Barcelona, que tinha conquistad­o seis títulos, e eliminaram-nos…

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