Nomeiem-se árbitros madeirenses
çNós, portugueses, temos um jeito enorme para colocar pedras no caminho e complicar aquilo que parecia já ter sido ‘descomplicado’. E, então, tratando-se do pontapé-na-bola, tudo assume uma dimensão trágica. Como agora, com a carta enviada pelo presidente da Liga de Clubes ao Presidente da República, ou com a possibilidade aventada de os árbitros irem para a Madeira no mesmo avião em que viajam as equipas.
Começo por aqui, pelas viagens dos ‘apitadores’. São, no mínimo, ridículos os temores manifestados pela inclusão das equipas de arbitragem nos mesmos voos em que viajam os clubes. São ridículos, pois até parece que os árbitros poderão ser ‘comprados’ durante os voos.
Ah! estão sujeitos a pressões, em especial no regresso, caso tenham cometido erros, dizem. Pois, mas não estão sempre sujeitos a elas? Estão! Só vejo uma solução : nomeiem-se apenas árbitros madeirenses.
Quanto à carta de Proença para Marcelo, se é verdade que esta foi feita sem os clubes terem tido conhecimento dela, e pretendia que o chefe de Estado usasse a sua influência política para que os jogos fossem transmitidos em canal aberto, obviamente Proença errou. E cometeu mais do que um erro: primeiro, o destinatário ( deveria ter sido o Governo;) segundo, deveria ter previamente auscultado os operadores, pois são estes quem financiam o futebol (leia-se Liga). E poderia até ter encontrado com eles soluções. Não estranharei, por conseguinte, que hoje (quinta-feira) Proença salte da cadeira do poder.
Faz hoje 10 anos que José Mourinho conquistou a sua segunda Champions. Foi em Madrid, pelo Inter, contra o poderoso Bayern. Mou demonstrou o que é estratégia! A imagem dele abraçado a Materazzi mostra o que é ser uma EQUIPA.