ASPETO EMOCIONAL PREOCUPA TÉCNICO
Julio Velázquez não sabe se os jogadores estarão 100 por centro concentrados no futebol
Julio Velázquez, treinador do V. Setúbal, confessa estar preocupado com as emoções dos seus jogadores no período que falta cumprir na 1ª Liga. “Sem dúvida nenhuma, o aspeto emocional é muito importante e é o que mais me preocupa”, disse ao Canal 11, considerando que os atletas brasileiros estão numa fase de maior fragilidade. Em causa estão oito dos 27 elementos do plantel. “Vamos jogar mais dois meses do que estava programado. Temos muitos jogadores do Brasil e com as suas famílias muito longe. Numa altura em que a situação naquele país está complicada, não é fácil, a nível emocional, estar focado a 100 por cento no futebol”, frisou o treinador do Vitória, cujo plantel será hoje de manhã, no Bonfim, sujeito ao quarto rastreio à Covid-19. Sem menosprezar o aspeto físico – “é certo que pode haver lesões musculares porque é uma situação implícita ao momento que se vive” –, o espanhol não tem dúvidas de que as dez jornadas que faltam serão diferentes das 24 anteriores: “Passaram quase três meses desde o último jogo. É muito tempo! Temos de ter a inteligência para nos conectarmos rápido com a competição. O futebol não perdoa.” Para Velázquez também é um desafio jogar sem público. “O mais importante neste desporto são os adeptos e nos jogos mudam-se ritmos e dinâmicas em função deles. Esperamos ter uma dinâmica boa para que os adeptos, em casa, sintam orgulho da equipa”, afirmou.
PLANTEL TEM OITO ATLETAS BRASILEIROS QUE VÃO ESTAR LONGE DAS FAMÍLIAS MAIS DOIS MESES DO QUE ERA PREVISTO