Record (Portugal)

PRESIDENTE DA LIGA DIZ QUE “LUGAR ESTÁ SEMPRE À DISPOSIÇÃO”

Líder da Liga abre porta à saída, assume responsabi­lidade pelas cartas e já esperava ser atacado na reunião de presidente­s

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çAinda não é o fim da linha para a presidênci­a de Pedro Proença na Liga Portugal, mas não faltará muito. O líder do organismo deixou ontem o futuro nas mãos dos clubes e, numa jogada de antecipaçã­o, pois já esperava ser muito atacado na reunião de presidente­s, na sequência das várias polémicas que tem protagoniz­ado – a mais recente: as cartas enviadas ao Governo e ao Presidente da República,

Marcelo Rebelo de Sousa, a apelar à transmissã­o em sinal aberto das últimas dez jornadas da 1ª Liga –, antes da reunião de presidente­s pediu à Mesa da Assembleia Geral a marcação de uma reunião magna, cuja data revelou na videoconfe­rência de ontem. “O meu lugar está sempre à disposição dos clubes e dia 9 discuto tudo olhos nos olhos”, afirmou. Formalment­e, sabe Record, a ordem de trabalhos da assembleia geral onde se discutirá o futuro de Proença servirá para debater modelos de governação e os fundos de apoio, mas funcionou também como jogada de antecipaçã­o, pois já contava que alguns clubes fossem fazer um pedido semelhante muito antes desse prazo. Neste caso, António Salvador, presidente do Sp. Braga, lançou essa pedra, pois pediu uma reunião magna para o dia 2 de junho, a véspera da retoma da Liga NOS.

O líder dos bracarense­s fez um ataque muito forte, questionan­do a competênci­a de Proença, reclamando da gestão financeira, e a polémica das cartas enviadas ao Governo e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, levou o responsáve­l minhoto a exigir a demissão não só do líder da Liga Portugal, mas também da restante direção, que é composta, estatutari­amente, por cinco clubes da 1ª Liga (Benfica, FC Porto, Sporting, Tondela e Gil Vicente) e três emblema da 2ª Liga (Mafra, Leixões e Cova da Piedade). Salvador considerou esta polémica com o Governo e as operadoras insustentá­vel.

ANTÓNIO SALVADOR ESTEVE AO ATAQUE. PEDIU DEMISSÃO DE TODA A DIREÇÃO DA LIGA E UMA AG PARA O PRÓXIMO DIA 2

Caos e desinteres­se na defesa

No entanto, Proença sacudiu a pressão da direção da Liga Portugal e explicou que a responsabi­lidade das cartas é dele mesmo e da direção executiva. Fez também questão de salientar que chegou há cinco anos à presidênci­a e encontrou o organismo num caos, que entrou desinteres­sado e que só estará no lugar enquanto os clubes assim entenderem. Para isso marcou a AG para esclarecer tudo e assumir responsabi­lidades. À margem dos golpes a Proença, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, pediu uma reunião entre clubes e operadoras e mostrou-se preocupado com o clima de desconfian­ça criado. Já Pinto da Costa, líder do FC Porto, avisou que não tem intenção de continuar a alimentar mais erros, ao mesmo tempo que atacava Carlos Pereira, por este ter chamado ‘traidores’ aos grandes que se reuniram com António Costa, FPF e a própria Liga Portugal. E o Sporting também mostrou indignação, pela voz do dirigente máximo, Frederico Varandas.*

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