“Benfica não pode ser uma Venezuela”
Empresário recusa ficar fora das eleições e dá exemplos de Vieira, Moniz e Rangel
Bruno Costa Carvalho mantém a intenção de se apresentar a votos nas eleições deste ano e reitera que o facto de não ser sócio efetivo há 25 anos não lhe retira esse direito. Numa mensagem no Facebook, o empresário enumerou exemplos que considera serem “precedentes muito sérios que derivam de estatutos esdrúxulos”.
“O Benfica não pode ser uma Venezuela em que na secretaria se eliminam adversários. Toda a gente entende isso. A não aceitação da minha candidatura seria uma vergonha para Benfica e os atuais dirigentes não se podem comportar como Nicolás Maduro”,
FALA EM “PRECEDENTES SÉRIOS” E NÃO ACEITA A IDEIA DE SEREM ELIMINADOS ADVERSÁRIOS NA SECRETARIA
disparou Costa Carvalho, de 51 anos e sócio há 18. Depois, partiu para exemplos. “Com a mudança de estatutos, o próprio Luís Filipe Vieira provavelmente não cumpria os 25 anos necessários em 2012. Foi nesse contexto que a candidatura de Rui Rangel pediu que Vieira provasse a data em que se tornou sócio do
Benfica. Ficaram sem resposta”, escreveu, não esquecendo o juiz desembargador. “Tinha 21 anos de sócio. É certo que apresentou quatro testemunhas a dizer que era sócio há mais anos. Enfim... O certo é que pagou quatro anos de quotas, violando, mais uma vez, os estatutos”. José Eduardo Moniz não foi poupado. “Candidatou-se a vice-presidente do Benfica em 2012 com 30 anos de quotas em atraso, violando os estatutos”, referiu, reforçando: “O ponto central é que, numa democracia, não se pode recorrer à secretaria para retirar capacidade eletiva a quem já a teve.” O presidente da MAG, Luís Nazaré, escusa-se nesta fase a pronunciar-se sobre a legalidade da candidatura.