Record (Portugal)

“Fisicament­e senti-me um pouco horrível”

- JOÃO SOARES RIBEIRO E RICARDO GRANADA

O capitão dos leões ainda revela algumas reservas sobre a experiênci­a de jogar à porta fechada

Numa conversa descontraí­da sobre... basquetebo­l, Coates fez algumas revelações sobre as consequênc­ias do novo coronavíru­s. O capitão dos leões admite que “nunca esteve tanto tempo sem treinar”, e revela algumas preocupaçõ­es sobre os efeitos de jogar num estádio vazio, uma experiênci­a pela qual nunca passou enquanto profission­al. Após assumir que a primeira parte do confinamen­to nem foi totalmente desagradáv­el, o jogador lembra que a paragem de mês e meio deixou marcas. “Quando voltei senti-me um pouco horrível. Correr na passadeira não é o mesmo que fazê-lo no campo pois o nosso corpo não está habituado.

“COM OS MICROFONES NOS ESTÁDIOS VAZIOS VAI OUVIR-SE TUDO, DESDE OS PALAVRÕES A DIZERMOS MAL DOS ÁRBITROS”

Perdemos massa muscular e os tendões também se ressentem. Lembro-me de que fui operado ao joelho em 2014 e nunca mais tive dores, mas a correr na passadeira voltaram. Felizmente bloqueios cortes de cabeça

voltaram a desaparece­r quando voltámos a treinar no campo”, afirmou no blogue ‘NBA Patológica­mente’, onde ainda se revelou receoso do final de época: “Nestes dois meses vamos sofrer. Nunca tinha passado tanto sem treinar num relvado, só quando estava a recuperar de lesões.”

Receio de polémicas

Coates também aborda os jogos à porta fechada, e lembra que os jogadores terão de ter cuidado por causa das... conversas. “Com os microfones, nos estádios vazios vai ouvir-se tudo, desde os palavrões a dizermos mal dos árbitros. Acredito que

sem o som ambiente também vão surgir especulaçõ­es por discutirmo­s com um colega. Não estamos habituados a sermos escutados”, admite o defesa, temendo que algumas pequenas polémicas que se passam em todos os jogos ganhem outras proporções: “Nós já metemos a mão à frente quando falamos com um com colega. Pode parecer uma paranoia, mas às vezes até o fazemos nos treinos por hábito.”

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ESTREIA. Aos 29 anos, Coates reconhece que nunca jogou à porta fechada

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