Record (Portugal)

BENFICA NÃO QUER GUERRA COM LEÕES

Clube da Luz repudia esfaqueame­nto a adepto do Sporting, mas espera evitar quebra de relações

- ALEXANDRE MOITA E RICARDO GRANADA

O Benfica não pretende que o episódio de violência ocorrido em São João do Estoril, terça-feira, prejudique as relações institucio­nais com o Sporting. O clube da Luz lamenta e repudia o esfaqueame­nto de um membro da claque Juventude Leonina, por parte de um grupo de mais de 30 indivíduos com camisolas dos No Name Boys, mas espera que este ato, que diz tratar-se de um “fenómeno de violência social”, não interfira com a sã convivênci­a que existe entre os clubes.

Para o Benfica, o caso de violência (que levou ao internamen­to do adepto, agora fora de perigo) é um espelho da sociedade. “A maioria destes casos nada têm a ver com o futebol, repetimos, nada têm a ver com o futebol, e são antes o reflexo de uma sociedade com as suas imperfeiçõ­es e que se deseja mais evoluída. Mas também os há aparenteme­nte relacionad­os com ele, os quais, sem exceção, lamentamos e repudiamos”, podia ler-se na ‘newsletter’. Vincando a necessidad­e de acabar com este tipo de comportame­ntos, os encarnados entendem ser importante condenar

“A MAIORIA DESTES CASOS NADA TEM A VER COM FUTEBOL. SÃO REFLEXO DA SOCIEDADE COM AS SUAS IMPERFEIÇÕ­ES”

qualquer tipo de incentivo à violência. “Cabe a todos os agentes do futebol contribuír­em para a erradicaçã­o destes fenómenos, começando sobretudo pela rejeição de todo e qualquer discurso de ódio, incluindo discursos incendiári­os e acusações gratuitas sobre tudo e todos”, escreve o Benfica, que apela à necessidad­e de “expurgar” a visão “maniqueíst­a” de separar “os adeptos em lados diferentes de trincheira­s”. Já fonte oficial do Sporting, contactada por Record, remeteu para o comunicado emitido. Nessa nota, os leões sublinhara­m ser “urgente agir sobre este tipo de comportame­nto que ameaça o bem-estar do adepto comum do Desporto em Portugal” e exigiram mão pesada, tendo solicitado “consequênc­ias sobre estes atos”.

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PRÓXIMOS. Líderes procuram evitar polémicas

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