GOMES TENTA ACORDO COM OPERADORAS
Presidente da FPF esteve reunido com Miguel Almeida (NOS), Alexandre Fonseca (Altice) e Joaquim Oliveira (Olivedesportos)
Numa fase em que a questão dos direitos televisivos continua na ordem do dia, Fernando Gomes tem estado reunido com Sport TV, NOS e Altice para tentar equilibrar as relações numa fase crucial antes do arranque do campeonato. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) mantém estes contactos desde o início da pandemia, mas face aos últimos acontecimentos, houve uma reaproximação no sentido de promover um clima pacífico antes da data da retoma do futebol: 3 de junho.
De acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, Fernando Gomes tem promovido repetidas reuniões com Alexandre Fonseca (Altice), Joaquim Oliveira (Olivedesportos) e Miguel Almeida (NOS), líderes das operadoras que têm direitos de transmissão televisivos. Muito se tem falado sobre o pagamento desses mesmos direitos às equipas (nomeadamente os meses de abril e maio), e até sobre a própria transmissão dos encontros em canal aberto, e é nesse sentido que o presidente da FPF procura serenar os ânimos para que haja equilíbrio até à retoma da Liga NOS.
Operadores na expectativa
Segundo o que o nosso jornal apurou, os operadores acreditam que os clubes não terão problemas de liquidez, até porque ninguém quer fragilizar a indústria do futebol. Se, por um lado, o raio de ação da NOS se centra apenas em Portugal, no que toca à Altice já não é bem assim. Sabe Record que a operadora televisiva, cuja marca está vincada internacionalmente, quer manter uma coerência negocial e defende o modelo aplicado em França: os clubes recebem os meses em falta, mas parte da quantia será descontada no futuro. Por outro lado, a NOS e a Altice não acreditam que os clubes não tivessem conhecimento da carta enviada por Pedro Proença a Marcelo Rebelo de Sousa e ao ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, na qual pediu ‘ajuda’ para que os jogos se realizassem em sinal aberto. Aliás, esta foi uma das razões que levou o Benfica a abandonar a direção da Liga, de modo a demonstrar à NOS que era alheio ao ‘modus operandi’ do líder da Liga Portugal.
FOI O PRESIDENTE FEDERATIVO A FAZER A PONTE COM AS OPERADORAS, DE FORMA A QUE O MÊS DE MARÇO FOSSE PAGO