“Tínhamos dois vendidos por 200 M€”
A pandemia travou dois negócios milionários do Benfica. Na entrevista à BTV, Luís Filipe Vieira falou em concreto de uma oferta recusada por Carlos Vinícius mas acrescentou que, em circunstâncias normais, ou seja, se não fosse a crise provocada pela Covid-19, teria condições de encher os cofres da SAD encarnada. “Tive uma proposta de 60 milhões de euros pelo Vinícius em janeiro e não vendi. Mas não vale a pena especular porque não sabemos o que aí vem. Está tabelado em 100 M€”,disparou o presidente das águias, antes de concluir, perentório: “Se não fosse a pandemia tínhamos dois jogadores praticamente vendidos por 100 milhões cada. Eram 200 milhões de euros. Agora, é praticamente
“TIVE UMA PROPOSTA DE 60 MILHÕES DE EUROS PELO VINÍCIUS EM JANEIRO E NÃO VENDI”, REVELOU O PRESIDENTE
impossível”, admitiu Vieira, convicto de que Vinícius vai continuar a dar retorno desportivo... enquanto não surgir a proposta certa. “Vamos ver por quanto vai sair e quantos mais golos vai marcar.”
A propósito da preparação da próxima temporada e ainda das consequências da pandemia na saúde financeira do Benfica, Vieira garante que não vai abrir mão dos seus principais ativos ao desbarato. Ou seja, os jogadores nucleares do clube da Luz serão para manter e é nesse sentido que Vieira promete encontrar novas formas de financiamento para garantir a sustentabilidade da SAD. “Os jogadores do Benfica têm valor e preço. Temos de respeitar e faremos tudo para os manter. Por isso é que disse que podemos ter de recorrer aos obrigacionistas. Se tiver de ser um, é; se forem dois, que seja. Não estou a ver vender um jogador a preço baixo”, prosseguiu, acrescentando que será necessário procurar “outras fontes”, de preferência sem onerar a sociedade com mais dívida. “A solução ideal é não haver paragem e as coisas seguirem normalmente. O extremo seria o obrigacionista.”
Dedos e anéis
Dito isto, ainda assim, Luís Filipe Vieira não afasta nenhum cenário. “À data de hoje, o Benfica ainda não precisa de vender jogadores. As pedras estão preparadas para ganhar o campeonato. Daqui a dois ou três meses, já não sei”, disse. E reforçou: “Quero garantir que, se os anéis tiverem de ir, vão; os dedos é que não. O nome do Benfica estará acima de todos nós.”