CLUBES QUEREM PÚBLICO NAS BANCADAS
Graça Freitas, diretora-geral da DGS, apela aos adeptos para não se juntarem a ver as partidas. Adia possibilidade de jogos abertos
FONTELAS ARRISCA
GRANDES RETOMAM SEM ÁRBITROS INTERNACIONAIS
CLUBES ACREDITAM QUE AINDA É POSSÍVEL ESTA ÉPOCA
Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, apelou aos adeptos de futebol para respeitarem as regras porque “o vírus está a circular, não desapareceu”, ou seja, não podem existir ajuntamentos. “O grande apelo é ver os jogos, sim, ficar contente com os resultados da equipa, sim, mas respeitando as regras, quer nas imediações dos estádios, quer em cafés ou em sociedades recreativas ou onde se possa ver os jogos”, afirmou Graça Freitas, na conferência de imprensa de ontem. A diretora-geral da Saúde falou também da possibilidade de os jogos voltarem a ter adeptos nas bancadas: “Não sei responder se os estádios vão ter ou não pessoas, porque isso vai depender muito de uma avaliação rigorosa e de medir os pró e os contra”, alertou.
Sp. Braga acredita na mudança
A possibilidade de ainda voltarem os jogos com adeptos esta época agrada aos clubes da Liga NOS. António Salvador, presidente do Sp. Braga, deixou isso bem expresso. “Estou convicto, e por isso defino esta meta em nome de todo o grupo de trabalho e em nome do Sp. Braga, de que voltaremos a ter o nosso público no estádio ainda no que resta desta temporada. A par dos objetivos desportivos, que são muito claros e que vamos perseguir com todas as nossas forças, é essa a grande ambição que me move e que muito lutarei para concretizar”, referiu o presidente do Sp. Braga, no site do clube.
António Salvador sublinha a capacidade de organização dos clubes para atingir essa meta. “Seria difícil de compreender que o futebol não conseguisse demonstrar os níveis de organização que têm permitido o regresso de tantos outros setores”, frisou. Em Setúbal, o sentimento é idêntico ao de Braga. Logo após a aprovação do Estádio do Bonfim (conhecida a 28 de maio) para acolher os jogos caseiros do Vitória, o presidente Paulo Gomes manifestou o seu desejo de ter adeptos nas bancadas ainda na presente época. “Pelo que vejo nesta retoma, não faz sentido nenhum os estádios estarem vazios. Definam uma percentagem, 10, 15, 20, 25 por cento, do número de adeptos que devam estar nos estádios. Estou de acordo de que os adeptos tenham de estar presentes, cumprindo-se todas as regras. E vou estar nessa luta”, comentou Paulo Gomes.
PAULO GOMES, LÍDER DO V. SETÚBAL, PEDE PARA DEFINIREM A PERCENTAGEM DE ADEPTOS POSSÍVEL NOS ESTÁDIOS