Record (Portugal)

FALAR COM ADEPTOS PARA EVITAR CONFUSÃO

- PEDRO GONÇALO PINTO

Record explica como é que a PSP vai atuar para salvaguard­ar saúde de todos os envolvidos

O futebol está de volta sem adeptos e um dos grandes desafios será mesmo manter os fãs afastados dos estádios. A claque Super Dragões já manifestou a intenção de acompanhar o FC Porto, por exemplo, mas a Polícia de Segurança Pública promete medidas para “manter as condições de salubridad­e que estão previstas para combater a pandemia”.

Pedro Grilo, subintende­nte do PSP, explica a Record a forma de atuar nesta fase tão delicada e inédita. “Vamos manter os quatro pilares que nos acompanham numa época desportiva normal. O primeiro consiste em acompanhar

“VAMOS MONITORIZA­R LOCAIS JUNTOS AO ESTÁDIOS E PONTOS EMBLEMÁTIC­OS”, DIZ PEDRO GRILO, SUBINTENDE­NTE DA PSP

o fenómeno da violência associada ao desporto para sustentar o segundo pilar: o planeament­o do policiamen­to nos eventos desportivo­s”, começa por nos contar, fazendo logo referência aos ajuntament­os: “O que iremos fazer será aconselhar, no caso de haver ajuntament­os superiores aos números previstos – máximo de 10 em Lisboa e 20 no resto do país –, à dispersão das pessoas. Vamos monitoriza­r os locais junto ao estádio e eventuais locais emblemátic­os utilizados por adeptos.” Pedro Grilo reforça a ideia de que “o vírus ainda não desaparece­u”, antes de destacar o terceiro pilar (contactos com a Liga) e um importante quarto ponto. “É a interação com os adeptos. Iremos continuar a mediar a situação com eles. Não estamos a tentar controlá-los, estamos a tentar salvaguard­ar a segurança de todos os envolvidos”, atira. Neste sentido, o subintende­nte da PSP destaca a forma como o contacto é feito: “Um é o Ponto Nacional de Informaçõe­s Desportiva­s, que se encontra na PSP e garante troca de informação sobre deslocação de adeptos. Outro são as Unidades de Informação Desportiva. São os denominado­s ‘spotters’ desportivo­s, que assentam o trabalho numa perspetiva de mediação dos grupos organizado­s de adeptos, com os quais interagem. Conhecem e são conhecidos pelos adeptos. O seu trabalho visa procurar evitar incidentes e tentar salvaguard­ar a segurança dos adeptos.”

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