COATES BAIXA O VOLUME
Capitão admite que jogos à porta fechada alteram hábitos. E garante que a equipa vai “melhorar”
Em Guimarães, o Sporting viveu a sensação de jogar perante bancadas despidas, novidade que não passa ao lado dos jogadores e obriga mesmo a mudanças nos hábitos da equipa. Quem o garante é o capitão dos leões, Coates, assumindo que existem hoje preocupações específicas
“É ESTRANHO TER DE FALAR MAIS BAIXO COM OS COMPANHEIROS, PARA NÃO ACHAREM QUE EXISTE MAU AMBIENTE NO BALNEÁRIO”
para não passar a imagem errada aos espectadores. “Já disse em brincadeira que agora é que as pessoas iam ver o que é jogar. Por vezes temos disputas com os companheiros, coisas normais do jogo. Agora, sem público, é estranho termos de falar mais baixo, para que os adeptos não fiquem a achar que existe mau ambiente no balneário”, sublinhou, ontem, o central, à rádio uruguaia Sport 890. “Escutam-se melhor as indicações dos
treinadores e as conversas com os árbitros, talvez as pessoas prestem mais atenção a isso”, reforçou Coates, frisando, por outro lado, a hipótese de que os “índices de concentração” possam agora ser maiores. Quanto ao regresso da Liga e os preparativos que o antecederam, o internacional uruguaio, de 29 anos, congratula-se pelo facto de os leões não terem registado problemas físicos na partida com os vimaranenses (2-2). “Não houve lesionados, pelo menos no Sporting. Isso é o mais importante. Vamos continuar a melhorar com estes treinos e jogos. O positivo é, como digo, a parte física”, vincou, a propósito de uma análise global daquilo que foi a 25ª jornada do campeonato. “Viu-se nestes jogos que a paragem foi complicada para todos, independentemente de ser, ou não, uma equipa grande. Parar a meio do campeonato e ter de voltar, fazer uma minipré-época e o facto de não termos treinado nas melhores condições… é complicado”, assume. “Esta situação mudou tudo, não só o futebol. O melhor é que podemos jogar e o facto de a saúde de todos não estar em risco”, atira.