Record (Portugal)

Pior só os árbitros

ENQUANTO JOGOU COM ONZE, O RIO AVE FOI A VERDADEIRA EQUIPA DIANTE DO BENFICA. NA VÉSPERA, FOI VERGONHOSO VER O FC PORTO SER AJUDADO CONTRA O AVES. E NEM ASSIM VENCEU

- RUI CALAFATE Octávio Ribeiro Diretor-geral editorial EDUARDO DÂMASO

Benfica e FC Porto não estão a jogar para serem campeões. Algum será o menos mau. Esse será coroado. Mas muito pior do que os candidatos ao título estiveram os árbitros dos seus jogos.

Ontem, enquanto jogou com

onze, a verdadeira equipa foi o Rio Ave. Do lado do Benfica, Pizzi ficava nas covas nas bolas divididas, Gabriel só tem bom futebol quando recebe o esférico sentado numa cadeirinha, Rafa também está longe de forma. Quem se trama, no meio desta amálgama de gente egoísta – que não quer ser responsáve­l pela perda de bola mas nada faz para a recuperar – são sempre os mesmos.

É aos centrais e ao ponta-de-lança que, nestes casos de mau trabalho coletivo, se pode sempre apontar o dedo, quando o guardião não conquista o lugar de mártir nas asas de frango. O Benfica pode queixar-se de um golo lhe ter sido anulado por um fora-de-jogo com escassos 17 cm. Mas cada centímetro está lá. E, todos somados, dão 17 de uma ilegalida- de indiscutív­el. Na segunda parte, o árbitro equilibrou a pe- leja, com decisões prejudicia­is ao Rio Ave que, para lá das expulsões, pode queixar-se de o golo da vitória do Benfica ser precedido de falta de Vinícius. Depois desta vitória e das mexidas na equipa, vamos ver que

Benfica aparece no próximo jogo.

O que mais doeu no Aves-Por- to não foi a dolorosa demonstraç­ão do enorme fosso entre primeiro e último da tabela, que transformo­u o jogo num ataque contínuo contra um muro de defesas. Um muro com muitos buracos, mas onde os mais fortes não encontrara­m o golo. Não, a maior dor não vem daí.

O que mais doeu foi a vergonhosa ajuda que os mais fortes tiveram da arbitragem. E nem assim venceram.

O árbitro de campo e, mais grave ainda, o árbitro de vídeo, do jogo D.Aves-FC Porto, fizeram pior ao futebol do que três pontas-de-lança desastrado­s. Aquele penálti, assinalado por um senhor que vem desde o ‘Apito Dourado’, é suficiente para o futebol não ser um espetáculo aconselháv­el a menores de 18 anos. Xistra, por medo ou salvaguard­a pessoal, pôs o joelho em cima do pescoço da verdade desportiva até esta morrer sufocada, com a cumplicida­de do VAR. Que vergonha! Que falta fez o guardião do Aves na saída limpa para socar uma bola? Era suposto desviar-se para o jogador contrário receber a bola à vontade? Talvez seja isso…

A verdade desportiva e os direitos das equipas fracas têm de ser defendidos. Se não, o futebol morre debaixo do joelho de todos os ‘xistras’ que não o amam. Apenas se servem dele.

NO AVES-FC PORTO, CARLOS XISTRA PÔS O JOELHO EM CIMA DO PESCOÇO DA VERDADE DESPORTIVA

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